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HC coordena pesquisa nacional para avaliar os impactos da Covid-19 em pacientes com doenças reumáticas

O estudo recém-iniciado pretende acompanhar cerca de mil pacientes de 38 instituições de saúde

O Hospital das Clínicas da UFPE é o centro coordenador do estudo multicêntrico nacional ReumaCoV Brasil (Registro Brasileiro de Covid-19 em Pacientes com Doenças Reumáticas Imunomediadas), que tem apoio da Sociedade Brasileira de Reumatologia e congrega, até o momento, 38 instituições. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“Os objetivos do estudo são avaliar o impacto da Covid-19 nos pacientes de doenças reumáticas (analisando a influência de fatores como uso de medicamentos e tipo de sintomas apresentados) e como cada doença reumática impacta no desenvolvimento da Covid nesses pacientes”, explica a reumatologista do HC e professora da UFPE Claudia Marques, que é a pesquisadora coordenadora do estudo. “É muito importante e gratificante o HC e a UFPE estarem na coordenação de um projeto tão grande e valioso cientificamente”, completa.

O estudo recém-iniciado pretende acompanhar cerca de mil pacientes desses 38 centros Brasil afora: parte deles durante o tratamento da Covid e outra parte de forma retrospectiva (após o tratamento e cura). “Essas pessoas serão acompanhadas por seis meses analisando a evolução do quadro clínico e avaliando exames laboratoriais, a cargo do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika) da UFPE, que traz a sua expertise e reconhecimento internacional”, destaca Cláudia Marques. No HC, o estudo será conduzido no Ambulatório de Reumatologia, chefiado pela professora Ângela Duarte.

A pesquisa aguarda a resposta sobre financiamento por parte do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Nossas expectativas são as melhores possíveis. O grupo está bem engajado. Construímos protocolos bem organizados que respeitam a ética científica e vão gerar um importante banco de dados sobre as mais diversas doenças reumáticas. Haverá ganhos acadêmicos com a produção de publicações científicas; haverá ganhos clínicos com a análise sobre tratamentos e sobre a ação de medicamentos; haverá ganhos sociais para os pacientes que receberão um acompanhamento mais detalhado; e também ganhos para a imagem do Brasil como produtor de pesquisas científicas confiáveis nesta área”, enumera Cláudia Marques.

Data da última modificação: 18/05/2020, 16:36