Sobre Sobre

A Coleção de Culturas Micoteca URM do Departamento de Micologia do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco foi fundada em 1954 pelo Prof. Augusto Chaves Batista.

A Micoteca URM está cadastrada na PROPESQI/UFPE como Laboratório Multiusuário de Pesquisa (LaMP) (https://www.ufpe.br/propesqi/lamps). As instalações, de pesquisa ou de apoio à pesquisa, de caráter multiusuário, estão disponíveis para usuários internos e externos à UFPE. Os LaMPs da UFPE são organizados com coordenador, vice-coordenador, Comitê Gestor, Comissão de Usuários e Corpo técnico-administrativo, responsáveis pela sua operação, e Regimento Interno. A Micoteca URM também possui seu próprio Planejamento Estratégico, Manual da Qualidade e Organograma, dentre outros documentos elaborados para o Sistema de Gestão da Qualidade baseado na ISO 9001:2015, dividido nas áreas Gestão da Qualidade, Administrativo e Laboratório, sendo no total cerca de 70, distribuídos em Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), Procedimentos do Sistema de Gestão, Registros e Processos.

De 1967 à 1990, essa Coleção esteve sob a responsabilidade das Profas. Maria Auxiliadora de Queiroz Cavalcanti e Maria José dos Santos Fernandes e de 1990 à 1999 apenas da Profa. Dra. Maria Auxiliadora de Queiroz Cavalcanti. Atualmente, a Profa. Cristina Maria de Souza Motta é a responsável pela Micoteca URM. Em 1988, essa Coleção foi reestruturada e teve a maioria das amostras revisadas quanto aos aspectos taxonômicos e de viabilidade, através de apoio financeiro da CAPES, FACEPE, FINEP e do CNPq. O método de preservação das amostras de fungos pioneiro adotado na Micoteca URM foi óleo mineral (Sherf, 1943), tendo sido incorporado outros métodos de preservação ao longo dos anos, como: liofilização (Raper & Alexander, 1945), água destilada esterilizada (Castellani, 1938) e ultracongelamento a -800C.

Atualmente, os métodos de preservação em óleo mineral e por liofilização estão sendo utilizados em todas as amostras (fungos filamentosos e leveduras), enquanto que o de Castelani, apenas para os Zygomycetes e para as espécies patógenas ao homem e aos animais. Atualmente, o acervo consta de aproximadamente 8.000 culturas de fungos, sendo cerca de 1.300 leveduras e 6.700 fungos filamentosos, todas identificadas ao nível de espécie e mantidas em duplicata em cada método de preservação. O acervo consta de aproximadamente 201 espécies de leveduras e cerca de 1.200 de fungos filamentosos, pertencentes aos Oomycota, Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e Deuteromycota (Fungos anamorfos).

A Micoteca está registrada no Commonwealth Mycological Institute (CMI) sob a sigla URM (University Recife Mycologia) e é filiada ao World Directory of Collections of Culture of Microrganisms (WFCC) sob o Nº 604. Esta Coleção está citada em vários catálogos, destacando-se os do American Type Culture Collection (ATCC), do Institute for Fermentation em Osaka no Japão (IFO) e do WFCC no Japão.

As amostras de fungos que compõem esta Coleção foram fornecidas por cientistas do próprio Departamento, incluindo-se o Prof. Augusto Chaves Batista e Colaboradores, e de outras instituições de ensino e/ou pesquisa, nacionais e internacionais, sendo provenientes dos mais diversos substratos e ambientes, tais como solo, folhedo, vegetais, água, homem, outros animais, etc. Em 1996, foi publicado a 3ª edição do Catálogo da Coleção de Culturas Micoteca URM, onde estão relacionadas as amostras de fungos com respectivos número de registro, ano de estoque e métodos e métodos de preservação.

Além de receber amostras de fungos para fazer parte do acervo, a Micoteca URM atende a pedidos de fornecimento de amostras, isolamento e identificação de fungos e, treinamento de estudantes e profissionais na área de taxonomia de fungos. Estes pedidos são procedentes de instituições de ensino e/ou pesquisa, nacionais e internacionais; de laboratórios que utilizam amostras de fungos em testes para fabricação de medicamentos e dos que realizam diagnóstico de micoses; e da comunidade em geral.

Sendo uma Coleção de referência, a Micoteca URM está caracterizando as amostras estocadas, quanto a aspectos de genética molecular e biotecnológicos, tais como, produção de enzimas, ácidos orgânicos, utilização no controle biológico de pragas de plantas; e quanto à características de patogenicidade, através de projetos desenvolvidos por alunos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado) do país.