A Universidade Federal de Pernambuco teve o bloqueio de R$ 30,4 milhões do orçamento discricionário da instituição, pelo Governo Federal. Esse valor representa 18% do recurso que a Universidade dispõe para pagamento de despesas de luz, água e serviços terceirizados, de limpeza, segurança e manutenção. A medida, segundo o Governo Federal, é para cumprir o limite de gastos definidos pelas Leis Complementares 200/2023 e 101/2000.

O Ministério da Educação (MEC) informou em reunião que haverá duas janelas de liberação de recursos até o final do ano, ainda sem definição de percentuais. A medida força a Universidade Federal de Pernambuco a fazer um novo planejamento do uso de seu orçamento, tendo em vista a necessidade de priorizar a manutenção da instituição. Mesmo antes do bloqueio, o orçamento da UFPE já era insuficiente para atender plenamente as necessidades de funcionamento até o final do atual exercício financeiro.

A gestão da UFPE, em todas as agendas que está presente junto ao governo e da sociedade civil, vem sempre pleiteando a recomposição de seu orçamento. Destaca-se o papel fundamental que uma instituição que recebe um volume de cerca de 50 mil pessoas diariamente, desempenha no desenvolvimento socioeducacional do país, atuando em diferentes áreas de conhecimento e competências para solução de problemas de nossa sociedade.

Medidas como essa impactam o cotidiano não apenas de docentes, técnicos e estudantes, mas da sociedade de maneira geral, além de fazer persistir um cenário de incerteza que é incongruente com a importância que a Educação deve ter para o país.