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HC promove ação de conscientização e prevenção sobre o Dia Mundial do Diabetes

O diabetes afeta mais de 16 milhões de brasileiros, sendo o 5º país de maior incidência da doença no mundo

Em 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, momento em que os profissionais da área de saúde se dedicam a conscientizar a população sobre a prevenção e controle dessa doença, para que todos possam adotar um estilo de vida saudável. Tendo como referência a data, a equipe multiprofissional do Hospital das Clínicas da UFPE realizará uma ação educativa no Ambulatório de Endocrinologia, na próxima quarta-feira (16), das 13h às 16h. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

No evento, haverá aferição de glicemia capilar e palestras que vão discutir assuntos indispensáveis, como: “Educação para o autocuidado na insulinoterapia”, “Alimentação saudável e diabetes”, “Cuidados com os pés diabéticos” e “Onde encontrar apoio psicológico”. “O evento tem como objetivo sensibilizar os pacientes do HC, sejam eles diabéticos ou não, que estejam em atendimento nesta data, fornecendo orientações, tirando dúvidas e multiplicando informação. Essa ação do hospital não é algo isolado, ela compõe uma campanha global com foco no diabetes”, explica a enfermeira da Área Assistencial de Endocrinologia, Osinez Barbosa de Oliveira.

O diabetes é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados de açúcar no sangue, ocasionada pela baixa produção ou resistência à ação de insulina - hormônio produzido pelo pâncreas e responsável pela regulação da glicose no sangue. De acordo o médico endocrinologista do HC, Luciano Albuquerque, alguns sintomas podem indicar que o indivíduo está diabético. “Na maioria dos casos, a doença é inicialmente assintomática, o que a torna ainda mais perigosa, já que o diagnóstico e o controle inicial acabam atrasando. Sintomas como perda de peso, sede e fome excessivas e aumento do volume urinário podem chamar atenção. Entidades alertam que para cada paciente com diabetes, existe um outro com a doença, mas que ainda não foi diagnosticado”, explica.

Existem quatro tipos de diabetes: as tipos 1 e 2, a gestacional e a pré-diabetes. As mais comuns são a do tipo 1, sendo uma doença autoimune na qual o tratamento consiste na inserção de insulina; e a do tipo 2, com 90% dos diagnósticos, sendo muito relacionada aos casos de obesidade e histórico familiar. Por isso, Luciano Albuquerque elucida que “a exposição prolongada a níveis elevados de glicose leva a complicações microvasculares, tornando o diabetes uma das causas mais frequentes de insuficiência renal, cegueira e amputação. Além disso, o diabetes está associado à síndrome metabólica (com obesidade, hipertensão e dislipidemia) levando a grande aumento no risco de eventos cardiovasculares (infarto, AVC e morte). Estima-se que 12% de todas as mortes em adultos estejam relacionadas à diabetes. Globalmente, foram 6,7 milhões de mortes em 2021”.

Segundo os dados disponibilizados no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), mais de 16 milhões de pessoas, entre 20 e 79 anos, convivem com a doença no Brasil, sendo o 5º país de maior incidência de diabetes no mundo.

O endocrinologista do HC ressalta que a doença não possui cura, restando a prevenção e o controle, por isso a importância do diagnóstico precoce. “Em pacientes obesos, uma perda de peso significativa pode levar a reversão do diabetes nas suas fases iniciais. Dessa forma, dieta hipocalórica e atividade física são partes fundamentais no tratamento. Além disso, dispomos de várias classes farmacológicas que podem ajudar tanto no controle dos níveis de glicose quanto na prevenção das complicações. Informação é fundamental. Implementar medidas efetivas acerca do controle de peso, alimentação saudável e prática de atividades físicas tem papel tanto na prevenção quanto no tratamento. Por isso, é necessário evitar medidas “milagrosas” e sem fundamentação”, disse.

Além de Osinez Barbosa e Luciano Albuquerque como palestrantes, o evento vai contar com a contribuição de Roseane Vasconcelos, Anna Karla e Queliane Carvalho (enfermeiras), Alessandra Ramos (psicóloga), Amanda Araujo (nutricionista) e Ana Carolina Thé (endocrinologista).

Data da última modificação: 16/11/2022, 13:54