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Exposição lembra data de expulsão dos judeus da Espanha

Exposição, inaugurada hoje (31), é organizada pelo professor Renato Athias, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (Nepe)

A exposição “Judeus Sefarditas – Cultura e Tradições ao Longo da História”, concebida e organizada pelo professor Renato Athias, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (Nepe) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi escolhida pela Federação Israelita de Pernambuco para lembrar o dia da Memória dos Judeus Vítimas da Inquisição, promulgada pela Lei Estadual 15.871/2016. A exposição é inaugurada hoje (31), nos espaços da Sinagoga Kahal Zur Israel, para lembrar a data da assinatura do Edito de Alhambra, em 31 de março de 1492, quando os judeus foram expulsos da Espanha e, posteriormente, de toda a península Ibérica. A sinagoga fica localizada na Rua de Bom Jesus, no Bairro do Recife.

Os judeus sefarditas se estabeleceram no norte da África, com exceção do Egito, instalando-se, principalmente, no Marrocos, na Tunísia, Líbia e Argélia. As comunidades judaicas já estabelecidas no norte da África se fundiram com os sefarditas para formar novas comunidades baseadas apenas nos costumes sefarditas. No século XIX, o espanhol moderno, o francês e o italiano substituíram, gradualmente, a hakitia e o judaico-árabe (Arbiah) como língua materna entre a maioria dos sefarditas marroquinos e outros sefarditas do norte da África. Nos últimos tempos, com o êxodo judaico de países árabes muçulmanos, principalmente após a criação do Estado de Israel em 1948, a maioria dos sefarditas do norte da África se mudou para Israel, onde formam uma população estimada de aproximadamente 1.400.000 judeus, de acordo com dados de 2015.

Data da última modificação: 31/03/2023, 15:46