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Cardiologista do HC alerta sobre a importância do diagnóstico preventivo da hipertensão arterial

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado no dia 26 de abril com ações de conscientização sobre a doença

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado anualmente em 26 de abril, é marcado pela mobilização dos profissionais da área da saúde que se dedicam a conscientizar a sociedade sobre o tratamento da doença. O chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital das Clínicas da UFPE, Brivaldo Markman Filho, alerta sobre a importância do diagnóstico preventivo, uma vez que a doença incide em 32% da população adulta do Brasil.

“A hipertensão arterial é uma condição crônica, não transmissível, que é caracterizada por uma etiologia multifatorial, que depende de fatores ambientais e genéticos (hereditariedade). Caracteriza-se também pelo aumento da pressão sistólica em níveis superiores a 140 mmHg (milímetro de mercúrio) e pressão diastólica maior que 90 mmHg. Não é necessário elevação das duas pressões, apenas uma de maneira consistente – ou seja, com características adequadas de medição e em períodos de tempo diferentes – vai caracterizar o aparecimento da hipertensão arterial”, explica o médico.

Considerada uma doença grave e um inimigo silencioso, a hipertensão arterial não apresenta sintomas em grande parte dos pacientes, fazendo com que eles relaxem nos cuidados com a saúde. Consequentemente, esse descuido pode trazer comprometimentos a órgãos como o coração, o cérebro e os rins, levando a complicações como insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência renal, respectivamente. “As pessoas são diagnosticadas com hipertensão a partir de uma consulta casual, com o clínico geral ou médico da família, porque a maioria é assintomática. Nas que são sintomáticas, cefaleia, pontos brilhantes na visão e tontura podem ser sinais de elevação da pressão arterial”, acrescenta Brivaldo Markman.

O Brasil possui uma alta quantidade de óbitos por hipertensão arterial, sendo cerca de 300 mil mortes anualmente, de acordo com Ministério da Saúde. A enfermidade não tem cura, restando apenas o tratamento que garante o seu controle. Por isso, o cardiologista do HC alerta para hábitos que podem ajudar na contenção e prevenção, como manter o peso adequado, praticar atividade física regular, não fumar, beber com moderação e não exagerar no consumo de sal. No entanto, os indivíduos que possuem o fator hereditário, ainda assim, podem apresentar a doença.

“Assim que exista uma suspeita diagnóstica de hipertensão, através de uma aferição de pressão arterial e com níveis tensionais elevados, o ideal é que essa pessoa procure o especialista, no caso um cardiologista, para que sejam feitos exames e o paciente receba o tratamento adequado, que será composto de medidas não farmacológicas e medicação para o controle, nos casos mais graves”, ressalta o especialista do HC, uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Data da última modificação: 26/04/2023, 14:44