Tema elaborado para este ano aviva a reivindicação pelo fortalecimento das políticas públicas antimanicomiais e da Rede de Atenção Psicossocial (Raps)

Após dois anos realizando eventos remotos em cumprimento às restrições sanitárias em virtude da pandemia de covid-19, a manifestação coletiva em prol da Luta Antimanicomial voltará a ocupar as ruas em 2022. Este movimento social tem história fundamental na luta pelo fim da lógica manicomial de assistência à saúde a pessoas com transtornos mentais. Integrantes do Grupo de Trabalho (GT) em Saúde Mental da UFPE, composto por estudantes e servidores da Universidade vão participar das manifestações a serem realizadas amanhã (18) no Recife e em Vitória de Santo Antão.

 

No Recife, a partir das 13h, na Praça do Derby, haverá a concentração para o passeATO, protesto organizado pela Frente Pernambucana em Defesa da Saúde Mental e por trabalhadores e usuários da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Recife e de outros municípios de Pernambuco. Em Vitória de Santo Antão, haverá uma caminhada programada para iniciar às 08h30, e o local de concentração é o Caps da cidade.

 

A campanha de luta e conscientização deste ano, intitulada “Trancar não é cuidar: liberdade e resistência contra toda forma de manicômio”, convida toda a população a defender os princípios democráticos que fundamentam as políticas públicas de saúde mental do SUS e de atenção psicossocial que regem o modelo assistencial antimanicomial e antiproibicionista. Em debates mais recentes, nas reuniões ampliadas, foi reacendida a preocupação em torno do descaso às necessidades de manutenção dos serviços públicos de cuidado e tratamento a pessoas com transtornos mentais e a usuários de drogas, entre outras pautas.

 

O Grupo de Trabalho (GT) em Saúde Mental da UFPE vem debatendo regularmente temas referentes à saúde mental, a fim de avançar com propostas relevantes à comunidade acadêmica, em sua diversidade. A psicóloga Bruna Melo, chefe da Divisão de Prevenção e Promoção em Saúde Mental, da Diretoria de Qualidade de Vida (DQV) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe), responsável por coordenar o GT, destaca a importância do protesto. “É necessário reunirmos vozes e potencializarmos o coro na afirmação e na defesa dos avanços sócio-políticos advindos das lutas antimanicomiais. Devemos nos manifestar e resistir ao afrouxamento dos laços entre saúde mental, liberdade e cidadania. No 18 de Maio, estaremos juntos e juntas, nas ruas”, diz ela.

 

Para obter mais informações sobre o protesto e demais eventos referentes à Luta Antimanicomial, acesse o perfil no Instagram da Frente Pernambucana em Defesa da Saúde Mental. 

 

Mais informações

GT de Saúde Mental da UFPE

divisao.saudemental@ufpe.br