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Startup Biofábrica de Corais foi uma das vencedoras do 10º Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2022/2023

Premiação ocorreu no dia 3 de novembro, no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS)

A startup Biofábrica de Corais, incubada do Polo Tecnológico e Criativo – Polo Tec da UFPE, na área de Biotecnologia, foi uma das vencedoras da 10ª edição do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2022/2023, da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo. A premiação ocorreu no dia 3 de novembro, no Bioparque Pantanal, em Campo Grande (MS), e teve o objetivo de incentivar, reconhecer e dar visibilidade a iniciativas que se destaquem como as melhores práticas de sustentabilidade em toda a cadeia do turismo nacional, contribuindo com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável no Brasil.

A Biofábrica de Corais atua na promoção da resiliência e restauração de ambientes recifais, via a utilização de ferramentas biotecnológicas, de forma integrada a comunidades costeiras. A startup se originou de um projeto do Laboratório de Enzimologia Luiz Accioly (Labenz), no Departamento de Bioquímica da UFPE. Atualmente, é uma startup de biotecnologia e restauração dos ecossistemas recifais e atua na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco.

Fotos: Felipe Cadena/Divulgação

Turista observando o berçário de corais

O prêmio Braztoa é um dos principais do turismo brasileiro, com dez anos de fundação, e tem critérios muito rígidos de avaliação. Segundo o engenheiro de pesca e CEO da Biofábrica de Corais, Rudá Fernandes, o programa de turismo regenerativo da Biofábrica de Corais foi recém-lançado, tendo a primeira operação turística em setembro, então já começar as atividades ganhando um prêmio tão importante é um reconhecimento de que estão indo pelo caminho certo. 

“A gente inicia nossas atividades no setor turístico com o pé direito, porque já começa sendo reconhecido através de um grande prêmio de um órgão bem representativo do setor. Com isso, as nossas perspectivas de ampliação de parcerias no setor turístico com agências e operadoras se maximizam; os nossos valores são reforçados para os nossos patrocinadores e para a comunidade local, o que atesta também a qualidade do que a gente está propondo fazer. E, por último, é um incentivo para o nosso objetivo de restaurar os corais de forma colaborativa, engajando a comunidade e não fica uma coisa muita restrita, fechada, então é uma valorização para o conhecimento técnico-científico ser aplicado junto com a comunidade”, explica Rudá Fernandes.

O Prêmio Braztoa de Sustentabilidade é o primeiro do mundo a ter a chancela da Organização Mundial do Turismo (OMT) e conta com mais de 900 iniciativas inscritas e 92 premiadas, oriundas de todas as regiões do país. Os critérios de avaliação adotados pelo prêmio correspondem à abordagem sistemática em sustentabilidade, relevância para o negócio e desenvolvimento local, inovação e abrangência do impacto e replicabilidade.

Todos esses critérios estão presentes no trabalho da Biofábrica de Corais, cuja perspectiva passa por associar o aperfeiçoamento das atividades de transplantação de corais da Biofábrica de Corais, executadas desde 2017, com o programa de turismo regenerativo.

Biofabricante fazendo manutenção no berçário em pacotes de transplantação

Nesse primeiro momento, a Biofábrica de Corais, em parceria com operadora de mergulho local Porto Point Mergulho e a Associação de Jangadeiros de Porto de Galinhas, oferece três oportunidades para visitantes plantarem corais, de forma associada à realização de experiências com flutuação de snorkel, mergulho com cilindro ou mergulho livre com ensaio fotográfico.

E, de forma gradativa, as tecnologias desenvolvidas pela área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Biofábrica de Corais são ensinadas aos parceiros e turistas, e os mesmos participam das atividades de manejo de corais com fins de promoção de restauração recifal.

ESPÉCIES - Os “biofabricantes”, como são chamados os profissionais que atuam na empresa, cultivam corais das espécies Millepora alcicornis (coral-de-fogo) e Mussismilia harttii (coral-couve-flor) no berçário em Porto de Galinhas, também conhecido como fazenda de corais.

O coral-couve-flor está ameaçado de extinção e é considerado uma das espécies construtoras mais importantes, pois sua composição pétrea ajuda a formar os recifes. Já o coral-de-fogo, um coral que propicia muitos abrigos para diversos organismos aquáticos, foi muito afetado pelo último grande evento de branqueamento de corais, ocorrido em 2020.

Desde o início das atividades da Biofábrica de Corais, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, houve uma concentração de esforços para desenvolver pacotes tecnológicos para manejar espécies de corais brasileiros, sendo o desenvolvimento de um pacote tecnológico para transplantação de corais nativos, um dos principais focos de abordagem pela startup. Esta metodologia da transplantação é muito utilizada para a propagação de corais no mundo e é uma técnica adaptada da silvicultura terrestre.

Com esse propósito, a principal inovação no processo de transplantação proposto para corais nativos brasileiros foi o uso de tecnologia própria com dispositivos impressos em 3D para o cultivo das mudas de corais, os nubbins, fragmentos de corais coletados no assoalho marinho, com perda tecidual de, pelo menos, 50%, que são cultivados e posteriormente devolvidos ao ambiente natural.

Mais informações
Instagram da Biofábrica
@biofabricadecorais 
assessoria@biofabricadecorais.com

Date of last modification: 12/12/2022, 16:44