Em razão do Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, a equipe de Serviço Social do Hospital das Clínicas da UFPE está promovendo ações que pretendem levar informações enriquecedoras para profissionais, pacientes e acompanhantes sobre a realidade da população negra. Uma mostra de materiais educativos está instalada até a próxima sexta-feira (26), no corredor da Portaria 4 e na Portaria 1 do hospital universitário. Além disso, será realizada uma formação sobre tais questões voltada aos profissionais do HC no início de dezembro. O HC é um hospital que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).

A exposição de materiais educativos no corredor próximo à Portaria 4 (entrada dos ambulatórios) começou no dia 22 e acabará na sexta (26). São abordadas questões específicas como o racismo estrutural, a solidão da mulher negra, o privilégio branco e, principalmente, o colorismo. O debate do último tema foi baseado nas reflexões da advogada, professora universitária e pesquisadora Alessandra Devulsky. Na Portaria 1, há também a exibição de vídeos sobre a temática.

A assistente social do HC Isadora Vitoriano falou um pouco sobre a relevância da temática. “Nós, profissionais de saúde, precisamos ter um olhar específico para entender a realidade da população negra, que é a maior parte dos usuários do SUS. Se não tivermos uma consciência de como o racismo se expressa na sociedade e do que significa o racismo institucional, a gente não consegue ter uma prática de saúde que acolha de fato essa população”, pontua.

CAPACITAÇÃO – Além da exposição, em dezembro (a data ainda não foi divulgada), será oferecida uma formação para todos os funcionários do HC. O objetivo será destacar a importância da consciência racial, entenderem mais sobre a diversidade racial e, consequentemente, sobre a desigualdade social na sociedade. Os interessados em participar da formação devem entrar em contato com o Serviço Social, sala localizada no térreo do HC ou pelo ramal 3582.

“Serão discutidos temas como colorismo e racismo institucional que estão relacionados à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra inserida no Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê a necessidade de os profissionais da área ter um olhar diferenciado para a população negra, tendo em vista as questões sociais que perpassam suas vidas e que se tornam um condicionante de saúde”, afirma Isadora.