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Pesquisadores da UFPE defendem prevalência do teste RT-PCR em nota técnica

Documento foi encaminhado a gestores municipais do Estado

Como mais um resultado prático de convênio firmado em meados de junho entre a UFPE e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), com o propósito, entre outros, de ampliar o diagnóstico da Covid-19 em 107 municípios do Estado, um grupo de pesquisadores da Universidade elaborou uma Nota Técnica sobre a utilização de testes de diagnóstico do SARS COV2 por RT-PCR. No documento, encaminhado aos gestores municipais, os autores e autoras ratificam a alta confiabilidade da técnica denominada RT-PCR em que as amostras são coletadas a partir de secreções do nariz ou da boca. “Considerado o teste mais específico e sensível, a eficiência desse modelo é acima de 96% e não há reação cruzada com outros vírus respiratórios, o que aumenta a especificidade de detecção”, afirma a nota.

De maneira didática, o documento expõe, em forma de perguntas e respostas, as diferenças entre o teste sorológico – “indica que provavelmente a pessoa não teve contato prévio com o vírus” –, e o RT-PCR que é considerado Padrão Ouro ou Padrão de Referência, e acusa “alta probabilidade de a pessoa não estar infectada no momento da coleta”. Outra questão respondida pela Nota Técnica é sobre se o resultado for positivo, quais as medidas a serem adotadas. No caso do exame RT-PCR, “pessoas positivas para a Covid-19 deveram ficar isoladas socialmente por um período, de pelo menos, 14 dias”, mas se o resultado advier do teste sorológico a recomendação é: “Deverá ser encaminhada para realização do teste molecular via PCR para confirmar contaminação viral.”

“Portanto”, alerta do documento, “o uso amplo de testes sorológicos para fins de diagnóstico poderá causar grandes transtornos de saúde pública, uma vez que pode gerar subnotificação de casos de Covid-19, além de ampliar a disseminação da epidemia em decorrência da não detecção dos pacientes positivos”. Ao defender a prevalência do teste RT-PCR, os pesquisadores apontam que “a partir do diagnóstico eficiente da população, a dinâmica do enfrentamento da situação torna-se mais eficiente, principalmente por diferenciar os pacientes infectados pelo Covid-19 dos demais infectados, com outras doenças respiratórias. O correto protocolo de isolamento evita a disseminação do vírus”.

CONVÊNIO – Com a parceria feita com a Amupe, a UFPE vem utilizando seus equipamentos e o corpo técnico para analisar o material coletado para a testagem pelo método RT-PCR, a partir do envio de amostras pelas Secretarias de Saúde dos municípios integrantes do convênio. Após o recebimento das amostras pela Universidade, o laudo é liberado no prazo de 24 horas. A previsão é de serem realizados dois mil exames por semana, na fase inicial do convênio, expandindo-se essa capacidade para quatro mil exames semanais até o fim do acordo.

Date of last modification: 07/08/2020, 22:52