Construir reflexões e possibilidades de ações sobre como preparar a população e, principalmente, os jovens para o enfrentamento das mudanças climáticas. Esse é um dos objetivos do 1º Fórum Internacional UFPE: Os jovens na luta climática, que ocorre de hoje até sexta-feira (dias 21 a 24), no auditório do Instituto Aggeu Magalhães/Fiocruz Pernambuco, no Campus Recife da Universidade. “É preciso adotar políticas fortemente baseadas na ciência para que a gente possa mitigar os efeitos da emergência climática. Então, esse evento é importante porque mobiliza a academia, mas também a sociedade e o setor público para adotar essas políticas”, afirmou o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFPE, Pedro Carelli, que representou o reitor Alfredo Gomes na cerimônia de abertura do fórum.

Foto: Raiane Andrade

Mesa de abertura do evento, que terá momentos de diálogos e painéis

“Nós temos que ter um sistema nacional não só de mitigação [dos efeitos climáticos], mas também de prevenção e que coloque a ideia de um país que se planeja para um futuro que nós sabemos que não será muito agradável”, disse Pedro Miguel dos Santos Neto, diretor do Instituto Aggeu Magalhães (IAM). “Qual a tecnologia que nós temos que vai dar a resposta a uma amenização da perda do controle ambiental? Essa é uma grande discussão da qual a academia precisa se aproximar, mas não podemos esquecer de uma governança política que esse país ainda não tem para desenvolver uma estratégia de enfrentamento do que vem por aí”, completou o diretor do IAM.

“Hoje, estamos na maior seca da história do Amazonas. Essa seca é tão grande que ela chega a ser pior do que o Sertão aqui de Pernambuco. A distância de uma comunidade rural para alguma fonte de água doce é de, muitas vezes, quatro a oito horas. Isso no maior manancial de água doce desse planeta, que é o Rio Amazonas. Por aí, nós podemos iniciar nosso pensamento acerca das mudanças climáticas”, revelou a vice-reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Therezinha de Jesus Fraxe. “Nós temos que entender que o ambiente não é o que está fora. É o que está dentro de cada um de nós. E, principalmente, a saúde é o ambiente”, completou Therezinha. 

A mesa de abertura do fórum contou ainda com a participação da vereadora Liana Cirne; do secretário-executivo de Meio Ambiente de Olinda, Rodrigo Cardoso; do diretor científico do Pacto Mundial de Jovens pelo Clima da ONU, Alfredo Pena-Vega; e do assessor parlamentar da senadora Teresa Leitão, Pedro Alcântara; além de Maria de Jesus de Britto Leite, coordenadora-geral do Centro de Estudos Avançados (CEA) da UFPE. O evento é uma realização da UFPE e CEA com a Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais, da França; e o Pacto Mundial de Jovens pelo Clima da ONU (GYCP, da sigla em inglês). O evento pode ser acompanhado pelo canal da UFPE no YouTube. 

O 1º Fórum Internacional UFPE reúne especialistas nacionais e internacionais com pesquisadores da UFPE e de outras universidades brasileiras, lideranças comunitárias e representantes dos poderes públicos federais, estaduais e municipais, entre outros. Juntos, eles estão debatendo e conhecendo experiências de comunidades tradicionais, além de prospectar modos de proceder a aprendizados de ação pelo clima. 

A programação do evento é formada por momentos de diálogos e painéis sobre temas relacionados às mudanças climáticas, ao enfrentamento das emergências climáticas e às ações públicas, entre outros aspectos. A programação completa está disponível no site do evento.