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Evento conjunto reúne universidades do Nordeste e comemora 25 anos das atividades de relações internacionais da UFPE

Universidade assinou carta de intenções com a Agência Universitária da Francofonia (AUF) e convênio com a SMRT English

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sediou na última semana o XXVII Encontro Regional Nordeste da Associação Brasileira de Educação Internacional (Faubai), organização que reúne gestores e responsáveis de assuntos internacionais de mais de 200 instituições de ensino superior brasileiras. O evento, que foi realizado de 7 a 10 deste mês, marcou também a celebração dos 25 anos da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFPE e debateu o tema “Internacionalização solidária, afirmativa e inclusiva”.

Fotos: Mariana Alves/DRI

Evento foi realizado na Faculdade de Direito do Recife

O evento teve participação do reitor Alfredo Gomes. “A internacionalização solidária é uma premissa fundamental para o Ensino Superior. A UFPE tem avançado significativamente nas pautas inclusivas e a DRI tem sido estratégica no âmbito de ações afirmativas”, afirmou. A abertura contou com a participação da pró-reitora de Relações Internacionais da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Artemisa Odilia, que ministrou a palestra “As experiências da Unilab rumo à internacionalização solidária, afirmativa e inclusiva”.

A celebração foi marcada também por uma mesa plenária composta pelo diretor de Relações Internacionais, Madson Góis Diniz, e pelas ex-diretoras da unidade e ex-presidentes da Faubai, as professoras Suzana Monteiro e Maria Leonor Alves Maia, além da ex-diretora adjunta da DRI, Eva Carolina da Cunha. Na ocasião, a DRI foi presenteada pela Faubai com uma placa comemorativa destacando a contribuição que a unidade tem prestado ao Ensino Superior em seus 25 anos de existência.

Diretor recebe placa comemorativa pelos 25 anos das atividades

Para Madson Góis, a mesa representou a história e memória viva da diretoria, criada em 1998. “Que a potência da DRI sirva de inspiração para nossas universidades e institutos, para a gente seguir adiante e consolidar a internacionalização em diálogo com a Faubai”. A ex-coordenadora Suzana Queiroz resgatou o histórico do setor. A professora descreveu como se deu a necessidade da implantação da DRI, que, no início, se chamava Coordenação de Cooperação Internacional (CCI). Para Suzana, a maior dificuldade enfrentada foi mudar a cultura da instituição na época. Ela também ressaltou a importância de haver gestores comprometidos com a internacionalização. “É muito importante a gente ter um dirigente, no caso, um reitor que se interesse pela internacionalização. Isto ajuda muito: quando a gente tem uma pessoa que enxerga dessa forma”, explicou.

Foto: Luíza Cabral Saraiva

Madson Góis Diniz, Eva Carolina da Cunha, Suzana Monteiro e Maria Leonor Maia

Para Maria Leonor Alves Maia, que passou nove anos à frente da DRI, são componentes essenciais para a construção da internacionalização as conexões, cooperação e confiança. “Eu comecei numa base sedimentada, deixada por Suzana. Isso fez uma enorme diferença. Eu já encontrei as bases sólidas, bem construídas para enfrentar os desafios que chegaram para a gente na época”, contou.

A ex-coordenadora Eva Cunha, que foi responsável pelo Núcleo de Línguas (Nucli) de 2014 a 2019, lembra sua experiência à frente do setor. “O Nucli abrigava o Programa Idioma Sem Fronteiras, funcionava no Centro de Artes e Comunicação (CAC) e era uma extensão da DRI. Ele ancorava o Idiomas sem Fronteiras”, comentou. Ela explicou que o núcleo funcionava com o objetivo de promover formação e capacitação em línguas estrangeiras para toda a comunidade acadêmica, estudantes, professores e técnicos administrativos. “Ele se inscrevia nas ações de políticas públicas e internacionalização e dava conta da aplicação de testes de proficiência, da internacionalização e de cursos on-line e presenciais voltados a toda comunidade”, descreve. Inicialmente, o projeto começou com o idioma inglês. Depois foi ampliado para outras línguas: espanhol, francês, italiano e além do português como língua estrangeira.

“Este evento é importante para reafirmar o nosso compromisso contínuo com o conceito de excelência que inclui a diversidade, a solidariedade e as ações afirmativas como premissa do intercâmbio de conhecimentos de âmbito global, mas também local e regional. É assim que nós construímos nas universidades de Pernambuco e do Nordeste uma perspectiva de internacionalização inclusiva, tema deste encontro”, afirmou Madson.

Durante o evento, foram assinados uma carta de intenções com a Agência Universitária da Francofonia (AUF), rede mundial de universidades francófonas e de estabelecimentos superiores de investigação, e um convênio com a SMRT English, programa de gerenciamento de aprendizagem baseado na web que traz para a instituição um pacote para internacionalização que inclui currículo de inglês misto e treinamento de professores, dentre outras oportunidades.

Participaram representantes de mais de 20 instituições de Ensino Superior da Região Nordeste, de duas universidades estrangeiras, além de consulados e embaixadas da Costa do Marfim, Estados Unidos e Canadá. Também integraram o encontro organizações que atuam na área de educação internacional, como o Instituto Confúcio, e a Associação Brasil-América (ABA), além de entidades apoiadoras da conferência, como a Agência Universitária da Francofonia (AUF), o SMRT English e a Learnia English.

Também estiveram presentes na solenidade de abertura a presidente da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Maria Fernanda Pimentel Avelar; e a diretora científica do órgão, Helen Khoury. Representando a governadora do estado, Raquel Lyra, o secretário-chefe da Assessoria Especial da Governadora, Fernando Holanda, e a assessora interina de Relações Internacionais, Joana Gusmão, também prestigiaram a cerimônia. Para o secretário-chefe, “o evento estabelece um marco significativo para as universidades no âmbito da internacionalização e para o estado de Pernambuco”. A ocasião contou ainda com a presença das pró-reitoras Carol Leandro (Pós-Graduação) e Conceição Reis (Extensão e Cultura), além de diretores de centro, membros do comitê de internacionalização da Universidade e dos coordenadores dos Núcleo de Relações Étnico Raciais (Erer) e Núcleo LGBT+ da UFPE.

DIRETORIA - Criada em 1998 como Coordenação de Cooperação Internacional, a atual Diretoria de Relações Internacionais (DRI) é uma unidade estratégica de caráter consultivo e deliberativo nas matérias de internacionalização ligada ao Gabinete do Reitor. A unidade tem a missão de mediar e articular as relações no âmbito internacional com instituições e organismos estrangeiros, assistindo à comunidade acadêmica, através da promoção da UFPE no exterior, bem como por ações de cooperação multilateral. 

A DRI também é responsável por gerenciar as mobilidades internacionais da Universidade e coordena duas iniciativas ligadas ao ensino de idiomas, o Núcleo de Línguas - Idiomas sem Fronteiras (Nucli), da Rede Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), e a Coordenação de Línguas para Internacionalização (Cling).

Date of last modification: 23/10/2023, 08:50