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Direitos Humanos e acesso à saúde são debatidos no HC
Evento foi realizado como celebração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado ontem (10)
“Direitos Humanos pra quem? O que a saúde tem a ver com isso?” foi o debate promovido pelo Serviço Social do Hospital das Clínicas da UFPE, em conjunto com o Departamento de Serviço Social da UFPE, como celebração ao Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado ontem (10), na sala 6 do Departamento de Enfermagem, no HC, que é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Foto: Unidade de Comunicação do HC/Ebserh
Palestras serviram para reflexão sobre os direitos negados à população negra
O debate promoveu a reflexão sobre os direitos negados à população negra no Brasil com um importante resgate histórico com dados e fatos conduzido pelas professoras Flávia Clemente e Tatiane Melo, do Departamento de Serviço Social da UFPE, e a militante da ONG Rede de Mulheres Negras Maria do Rosário dos Santos.
“Vivemos num país com uma crescente desigualdade social, a segunda pior do mundo, que atinge fortemente a população negra, vítima de uma relação de poder que impõe historicamente a violência, a tortura, o genocídio, a falta de direitos (como o acesso à saúde pública), entre outros. Somos todos parte de um sistema que reproduz o racismo institucional e o estrutural do Brasil”, explicou a professora Flávia Clemente.
A professora Tatiane Melo lembrou a invisibilidade que a classe trabalhadora sempre teve ao longo da história. “Quem construiu as pirâmides do Egito? Quem contribuiu para a riqueza da Europa? Qual a raça desses trabalhadores? E o papel das mulheres? Precisamos dar visibilidade ao povo negro, que foi negligenciado e apagado”, reforçou.
A enfermeira e militante Maria do Rosário destacou a vulnerabilidade social histórica da população negra. “Com a abolição da escravatura, os negros foram libertados, mas jogados à própria sorte, sem terra, sem direitos, sem família. Hoje, alguns direitos são negados e recebemos várias denúncias de mulheres que sofrem violência obstétrica e falta de atenção durante o pré-natal, entre outras coisas”, salientou.