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Atividade de extensão marca Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização sobre a Epilepsia

Data busca esclarecer sobre a condição e ajudar a combater o estigma em torno dela

O Dia Nacional e Latino-Americano de Conscientização sobre a Epilepsia é comemorado nesta sexta-feira (9). Para marcar a data, o Laboratório de Neurodinâmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promove a atividade de extensão “Epilepsia fora das sombras”, em parceria com a Associação e Movimento de Apoio às Pessoas com Epilepsia de Pernambuco (Amape). A atividade visa esclarecer a comunidade geral e acadêmica sobre a epilepsia, suas bases fisiopatológicas e o preconceito em torno dessa condição.

Na quinta-feira (8), haverá um Mutirão de Eletroencefalograma no Laboratório de Neurodinâmica, com realização de exames gratuitos para pessoas com epilepsia, mediante agendamento. O atendimento será realizado pelo neurologista Pedro Paulo Gomes do Nascimento, do Hospital das Clínicas (HC).

No sábado (10), das 8h às 18h, o Núcleo Integrado de Atividades de Ensino (Niate) dos Centros de Ciências da Saúde (CCS) e Biociências (CB) recebe um dia de discussão acadêmica sobre a epilepsia. As inscrições são gratuitas e on-line e os participantes receberão certificado de participação. O público-alvo são estudantes (universitários, Ensino Médio e fundamental), professores, profissionais de saúde e população em geral. Confira a programação no final da matéria.

De acordo com o professor Marcelo Cairrão Araujo Rodrigues, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, coordenador do laboratório, as pessoas com epilepsia possuem maiores dificuldades em arranjar e manter empregos e relacionamentos, o que as coloca duplamente em situação de vulnerabilidade. “Este estigma, que significa que são ‘marcadas’, muitas vezes inclui sentimentos e crenças baseadas em superstições, de que os ataques epilépticos seriam causados por ‘demônios’ ou ‘espíritos malignos’, que tomam a pessoa de assalto. Isto é muito negativo para o paciente, pois cria grande desconfiança de que seja ‘culpado’ por sua doença, o que constitui verdadeiro absurdo”, destaca o professor.

Além disso, a falta de conhecimento sobre como lidar com alguém em crise convulsiva também ocasiona problemas. “Há as crenças erradas de que a pessoa durante um ataque epiléptico pode enrolar a língua e morrer, e, com isso, conduzem o absurdo de inserir objetos metálicos como colheres na boca da pessoa em crise, ou mesmo os dedos, que podem ser decepados por uma contração involuntária do poderoso músculo masseter (responsável pela mastigação), sem contar na fratura de dentes e maxila pela eventual mordida na colher”, afirma.

O professor explica que a pessoa com epilepsia necessita de ajuda e compreensão, além de bom atendimento, que inclui afrouxar sua roupa para que respire bem e segurar sua cabeça para que não bata no chão. “É preciso que seja segurada levemente inclinada para que não aspire eventual vômito, pois, isso sim, é perigoso para ela”, ressalta.

Programação

7h30 – 8h – Recepção

8h - 9h - Epilepsia: entendendo a fisiopatologia e contra o preconceito (professor Marcelo Cairrão, UFPE)

9h – 10h - Estratégias não farmacológicas para tratamento de epilepsia (doutoranda Marília Marinho de Lucena e doutor Igor Tchaikovski Mello)

10h -10h30 – Intervalo

10h30 -11h30 - A epilepsia vista sob o ponto de vista de um neurologista clínico (médico neurologista preceptor do HC e doutorando Pedro Gomes do Nascimento)

11h30 -13h – Almoço

13h – 13h30 - Neuroarte, ciência e epilepsia: é possível haver conexão? (Participação gravada do professor Norberto Garcia-Cairasco, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) 

13h30 – 14h30 - Epilepsia e psiquiatria (médico psiquiatra. Paulo Tavares)

14h30 – 16h30 - Mapeamentos cerebrais por EEGq (eletroencefalografia quantitativa)

16h30 – 18h - Primeiro Torneio Cerebral Brain Bathlon Neurodinâmico

Date of last modification: 06/09/2022, 15:26