Sobre Sobre

O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), assim denominado a partir de 1974, resultou da fusão de vários departamentos da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Pernambuco (FAFIPE), criada em 1950, e do Instituto de Ciências do Homem, inicialmente denominado de Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. O Centro é formado por 08 (oito) departamentos – Antropologia e Museologia; Arqueologia; Ciências Geográficas; Sociologia; Ciência Política; Filosofia; História e Psicologia. Edificado em uma área de 25.690 m², além dos departamentos este Centro abriga diversos laboratórios de pesquisa e ensino, como também uma biblioteca setorial.

 

Histórico

 

Dados para a memória do CFCH

  • A Universidade Federal de Pernambuco foi fundada no governo de Eurico Gaspar Dutra, no ano de 1946, através do Dec. Lei Nº 9.388, em data de 20 de junho daquele ano.
  • Nesta época existiam em Recife as Faculdades de Direito, Medicina e a Escola de Engenharia, bem como as escolas anexas de Odontologia, Farmácia e Belas Artes, além da FAFIRE (Faculdade de Filosofia do Recife) das Irmãs Dorotéias e a Padre Manoel da Nóbrega dos Jesuítas atual UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco).
  • Durante a criação da Universidade Federal de Pernambuco houve necessidade da existência de uma Faculdade de Filosofia. Foi então fundada em 1948 a Faculdade de Filosofia de Pernambuco pelo governador Barbosa Lima Sobrinho. Esta ficara apenas no papel até o ano de 1950 quando, aos 25 de maio daquele ano, no salão nobre da tradicional Faculdade de Direito, foi então federalizada a FAFIPE, integrando a Universidade Federal de Pernambuco com o nome de Faculdade de Filosofia de Pernambuco. À partir de então, passou a funcionar em prédio próprio, até então destinado ao Grupo Escolar Frei Caneca, no bucólico bairro recifense da Soledade.

Faculdade de Filosofia de Pernambuco

A FAFIPE inicialmente foi constituída dos cursos de História, Geografia, Letras, Pedagogia, Filosofia, Psicologia e Ciências Sociais. Nela prevalecia uma estrutura acadêmica voltada para o ensino no qual se privilegiava a sala de aula, mais que a pesquisa e a extensão. Naquele período, não só em Pernambuco como em todo o país, as faculdades e as escolas estavam mais voltadas para a formação de futuros professores, prevalecendo o ensino da Graduação.

 

Instituto de Ciências do Homem

Já para o final da década de 50 e início dos anos 60 houve uma reestruturação nas universidades do país culminando com a reforma universitária, que agregou em sua missão a pesquisa, além do ensino. Por influência de Darci Ribeiro, entre outros ideólogos da educação nacional, funda-se os Institutos Centrais visando fortalecer a figura do pesquisador, além da função docente. Estes institutos receberiam os alunos, encaminhando-os à pesquisa, capacitando-os e depois, caso não quisessem ser pesquisadores, seriam devolvidos ao ciclo profissional das Faculdades para formação e prática de ensino. Estamos no início dos anos 60 e, no Brasil, com eclosão do movimento militar no ano de 1964, foi implantada a reforma do ensino superior do país inspirada nos ditames da filosofia do convênio celebrado entre o MEC e a USAID. Nesta época, iniciou-se a construção do atual prédio do CFCH que, tal como foi concebido, deveria abrigar o Instituto de Ciências do Homem (I.C.H.) e vários outros Institutos Centrais de Ciências: o de Antibióticos, de Cardiologia, da Terra aos quais se somaria este voltado para o Homem.

Cada um deles tinha várias "divisões" e este era o nome das unidades mínimas que antecederam a atual estrutura de "departamentos". No caso do Instituto de Ciências do Homem havia quatro Divisões que eram chefiadas por diferentes professores coordenadores, a saber: Psicologia (Paulo da Silva Rosas); Antropologia Tropical (Gilberto Freyre), Ciências do Direito (Cláudio Fernando da Silva Souto) e Sociologia (Levi Cruz). Este Instituto de Ciências do Homem iniciou seu funcionamento, em 1963, na cozinha do ainda inconcluso Restaurante Universitário, por falta de espaço a ele destinado. É que estava sendo concluído o edifício de 15 andares que abrigaria os Institutos Básicos, onde hoje se encontra o atual Centro de Filosofia. O prédio tem uma concepção arquitetônica modernista e, neste sentido, é um exemplar de valor a ser preservado como um dos marcos da arquitetura recifense, concebido que foi pelos arquitetos Mário Russo e Felippo Melia. O professor Paulo Rosas foi o primeiro Coordenador do Instituto de Ciências do Homem, sendo substituído, em 1964, pelo prof. José Antônio Gonsalves de Mello.


Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

 

Logo em seguida, através do Dec. Lei Nº 53 de novembro de 1966 e o de Nº 252, de fevereiro de 1967, a Universidade Federal de Pernambuco promove uma reestruturação interna, obedecendo diretrizes do governo federal que visava preservar a integração e a indissociabilidade das atividades do ensino e da pesquisa às quais juntar-se-ia, em seguida, a de extensão, assegurando recursos materiais, financeiros e humanos, evitando-se a duplicação de meios para fins idênticos, segundo a orientação da época. Daí surge nova organização em Institutos Básicos que seriam em número de oito a saber: Matemática, Física, Química, Biociências, Geociências, Filosofia e Ciências Humanas, Escola de Artes e Instituto de Letras. Os Institutos Básicos estavam voltados tanto para o ensino de graduação e pós-graduação quanto para a pesquisa e a extensão. Era o epílogo das antigas Escolas e Faculdades. Esta reforma se adequava a uma filosofia gestionária de natureza acadêmica, cujo perfil agora delineado adota uma centralização institucional ancorada numa estrutura departamentalizada. Dentro destes novos parâmetros, no Instituto de Filosofia e Ciências do Homem, as antigas Divisões passam a ser Departamentos, sendo que a anterior Divisão de Antropologia dá lugar ao Departamento de Ciências Sociais que passa a integrar três áreas/câmaras: Política, Sociologia e Antropologia. Os outros Departamentos serão: Psicologia, Ciências Geográficas, Filosofia e História.

 

O atual Centro de Filosofia e Ciências Humanas

 

Através da Portaria Normativa Nº 45 de 25 de abril de 1975, sendo reitor o professor Marcionilo de Barros Lins, o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas passa a se chamar Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), tendo seu Regimento aprovado e publicado em data de 02 de julho de 1975. Das suas origens, nos tempos dos Institutos, até a sua atual feição de Centro propriamente dito, teve, nesta trajetória acadêmica os seguintes Diretores:

Paulo da Silva Rosas (1963-1964)
José Antônio Gonsalves de Mello (1964-1968)
Monsenhor Apolônio Jorge Sales (1968-1972)
Geraldo Lafayette Bezerra (1972-1976)
Paulo da Silva Miranda (1976-1980)
Osita de Moraes Pinto Ferreira (1980-1984)
Sílvio Marcelo Maranhão (1984-1988)
José Luciano Cerqueira (1988 - 1992)
Edward Robson Cavalcante (1992-1996)
Antônio Jorge de Siqueira (1996 a 2003)
Edvânia Torres Aguiar Gomes (2003 - 2008)
Maria do Socorro Ferraz Barbosa (2008-2012)
Ana Catarina Peregrino Torres Ramos (2012-2016)

Atualmente o CFCH tem como Diretora a professora Maria da Conceição Lafaytte de Almeida.