Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 8 em 2024

 

Aluno(a): Débora Soares de Almeida Lima

 

Orientador(a): Dr.ª Enelise Katia Piovesan

 

Coorientador(a): Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (UFPE)

 

Título da pré-tese: “TAXONOMIA, PALEOCOLOGIA E CORRELAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS DOS OSTRACODES DO TITONIANO–APTIANO (JURÁSSICO SUPERIOR–CRETÁCEO INFERIOR) DAS BACIAS JATOBÁ, TUCANO E ARARIPE”

 

Data: 03/12/2024

 

Horário: 9h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: https://meet.google.com/ayw-jxdw-nnv

 

Banca Examinadora:

 

Presidente:

 

Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (Coorientador)

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Dr. João Carlos Coimbra (UFRGS)

2.º Examinador(a): Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS)

3.º Examinador(a): Dr. Marcos Antonio Batista dos Santos Filho (UNISINOS)

4.º Examinador(a): Dr. Édison Vicente Oliveira (PPGEOC/CTG/UFPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Dr. Rodolfo Dino (UERJ)

 

Resumo:

 

As bacias do Araripe, Jatobá e Tucano representam bacias interiores localizadas na região Nordeste do Brasil, implantadas sobre terrenos cristalinos do Pré-Cambriano que constituem a Província Borborema e o Cráton São Francisco. O empilhamento sedimentar dessas bacias é subdividido nas sequências tectono-estratigráficas Sinéclise, Início de Rifte, Clímax de Rifte e Pós-Rifte. O arcabouço bioestratigráfico das bacias interiores do Nordeste do Brasil foi estabelecido a partir da identificação de sua fauna de ostracodes, tendo, assim, representantes da Classe Ostracoda como marcadores de seus andares locais. Com o intuito de aprimorar o conhecimento do Titoniano–Aptiano (fases rifte e pós-rifte), no que se refere à sistemática taxonômica e ao arcabouço bioestratigráfico, bem como realizar inferências acerca dos paleoambientes em que esses ostracodes se encontravam inseridos, foram estudadas 100 amostras coletadas de 50 afloramentos e 1 testemunho de sondagem, provenientes das formações Brejo Santo, Crato e Ipubi, na Bacia do Araripe, e das formações Aliança, Candeias e Grupo Ilhas, nas bacias do Jatobá e Tucano. Após a preparação laboratorial dessas amostras para a recuperação dos microfósseis calcários e a triagem do material, foram identificados e propostos dois novos gêneros: Batecypris gen. nov. e Macunhaella gen. nov., além de cinco novas espécies: Batecypris reticularis sp. nov., Macunhaella posteroaltis sp. nov., Timiriasevia aratra sp. nov., Theriosynoecum favus sp. nov. e Wolburgiopsis magnafossa sp. nov., para o pós-rifte na Bacia do Araripe. Na fase rifte das três bacias estudadas, até o momento foram identificados os gêneros não marinhos Theriosynoecum, Cypridea, Candona, Brasacypris, Paracypridea, Salvadoriella, Reconcavona, Darwinula, Alicenula e Tucanocypris. Com base no material recuperado durante esse intervalo, espera-se realizar emendas taxonômicas, descrever novas espécies e registrar a ocorrência de táxons anteriormente não identificados nessas bacias. A partir da classificação preliminar da fauna de ostracodes, foi possível identificar as biozonas OST-001 Andar Dom João (=Titoniano), OST-003 e OST-004 Andar Rio da Serra (=Berriasiano–Hauteriviano), OST-005 e OST-006 Andar Aratu (=Hauteriviano–Barremiano), RT-OST Andar Buracica (=Barremiano) e OST-011 Andar Alagoas (=Aptiano).

 

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