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Conheça a história de Vanderley Amazonas Terço, paciente transferido de Manaus com Covid-19 e que está no HC

Paciente é casado e pai de cinco filhos e nunca tinha viajado de avião até ser trazido para o Recife

Na segunda reportagem da Unidade de Comunicação Social do Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh sobre a história de pacientes transferidos de Manaus com Covid-19 e que estão em tratamento no HC, no Recife o entrevistado é o cartazista Vanderley Amazonas Terço.

O simples ato de respirar o ar ambiente já é uma vitória para o paciente Vanderley Amazonas Terço, 53 anos. “Hoje, faz seis dias que respiro sem o auxílio de cilindro de oxigênio”, comemorou. A conta é feita com bastante emoção e alegria já que Vanderley é um dos pacientes transferidos de Manaus para receber o tratamento no HC-UFPE/Ebserh, no Recife. Ele chegou ao hospital universitário, no último dia 23, bastante debilitado e segue internado na enfermaria de Doenças Infecciosas e Parasitárias da unidade, no 8º andar.

Nascido em Silves, município localizado no estado do Amazonas, mas vivendo desde os 15 anos na capital Manaus, o amazonense e cartazista - profissional que produz cartazes promocionais para supermercados, lojas, dentre outros – é casado, pai de cinco filhos (duas mulheres e três homens), tem dois enteados, um rapaz de 20 e uma moça de 16, e seis netos, duas meninas e quatro meninos. Ele nunca tinha viajado de avião, por medo. Medo este que precisou ser superado por um motivo maior: vencer a Covid-19.

“Eu nunca tinha viajado de avião, então, esse era o meu receio de ser transferido para cá. Não que eu não quisesse vir, mas eu realmente tinha esse medo da viagem. Mas, a partir do momento que saímos do chão e chegamos aqui, eu vi que era totalmente diferente do que imaginava e, graças a Deus, hoje só tenho gratidão por vocês terem me acolhido”, relatou.

Quando aceitou ser transferido para o Recife, Vanderley pensou nele e na sua família. “Eu estava sofrendo pela doença e estava vendo o sofrimento da minha família. Eles tinham que estar lá onde eu estava internado, tinham muitas pessoas aglomeradas devido à situação de crise que Manaus enfrenta. Também estava bastante preocupado com a saúde deles. Foi, então, que decidi vir. Sabia que aqui eu iria ser melhor assistido e, de certa forma, isso os deixaria mais tranquilos”, disse.

Os primeiros sintomas de Covid-19 surgiram no dia 15 de janeiro. Sentindo dores intensas no corpo, dores de cabeça constantes, febre e perda do apetite, ele foi em busca da realização do teste rápido para detectar a doença. “Fiz o teste rápido, em Iranduba, uma cidade do Amazonas, e foi constatado que eu estava com a Covid-19. Voltei para casa e em poucos dias comecei a piorar”, relembrou.

No dia 20, cinco dias após o surgimento dos primeiros sintomas, o estado de saúde dele piorou. Muito fraco e sem conseguir respirar, foi internado em um pronto-socorro de Manaus; porém, a situação estava bem crítica no local devido ao colapso na saúde pública do estado. No último dia 23, ele acabou sendo transferido para o HC, chegando no hospital-escola por volta das 23h. Ele nunca tinha vindo ao Nordeste até então. “Desde o momento que cheguei aqui nesse hospital eu fui muito bem acolhido, recebi muita atenção e acredito que essa atenção está sendo um dos fatores fundamentais para o meu processo de recuperação” disse.

Hoje, ele já comemora a sua evolução clínica e já passou a contar, além dos dias em que respira naturalmente, a sua alta médica. “Parabenizo a toda equipe do hospital pelo cuidado, carinho e dedicação. Todos os profissionais do HC de Pernambuco foram maravilhosos. Essa equipe que cuidou da gente é formada por anjos que nos deram todo apoio, atendimento e suporte. Que Deus abençoe cada um de vocês. Muito obrigado”, afirmou Vanderley, que espera, em breve, pegar um avião e voltar para casa – vencendo de uma vez a Covid-19 e o medo das alturas.

Data da última modificação: 03/02/2021, 17:37