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Filosofia africana na pauta do Giro Nordeste
O programa conversa hoje (24) com a pesquisadora Katiúscia Ribeiro, às 20h, na TVU
Na semana em que celebramos o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, marcado pelo 21 de março, o “Giro Nordeste” recebe Katiúscia Ribeiro, doutora em Filosofia Africana pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora convidada da Universidade Temple, nos Estados Unidos. Veiculado pela TVU (canal 11.1) toda sexta-feira, no horário das 20h, com reapresentação às segundas-feiras, às 21h, o programa conta hoje (24) com a colaboração remota do profissional de mídia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Josimar Parahyba.
Mulher preta, nascida e criada em um quilombo do Rio Grande do Sul, Katiúscia explica, na entrevista, o conceito com o qual se define: “Mulherismo africana”, expressão cunhada no final da década de 1980 pela pensadora afro-americana Clenora Hudson-Weems. A convidada também reflete sobre apropriação cultural. “O que para muitas pessoas pode ser um adorno, um enfeite, para outras pessoas é um dispositivo de cura, de reconhecimento de si”.
Já sobre a Academia e a difusão de trabalhos em Filosofia Africana no Brasil, a primeira pesquisadora a publicar uma monografia sobre o tema na UFRJ comenta que “se a universidade é um espaço de produção de conhecimento e essa pesquisa tem um impacto direto na sociedade civil, não dá mais pra esses espaços estarem somente no círculo das vaidades e do ego ocidental. E trabalhar somente os mesmos autores, os mesmos interlocutores do pensamento”. Para Katiúscia, “é de fundamental importância que a Filosofia Africana esteja em tudo quanto é lugar”.
Quando o assunto é o apagamento de personagens históricas, como a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, e o relançamento de obras desconhecidas do grande público, a pesquisadora observa que “esse apagamento faz parte da armadilha e da arquitetura do racismo”. Katiúscia cita a pensadora Sueli Carneiro e o termo epistemicídio, “que é a morte do conhecimento e da cultura dos povos negros, africanos, a história da população afro-brasileira”. E conclui que “o epistemicídio é intencional e faz parte da estrutura de violência do racismo”.
O “Giro Nordeste” é uma produção da TVE Bahia, realizada em parceria com emissoras públicas de rádio e televisão de todo o Nordeste.