O tenor recifense Lucas Melo, aluno do curso de bacharelado em Música/Canto da UFPE, conquistou o 1º lugar em uma das três categorias do 2º Concurso de Canto Natércia Lopes, realizado pela Cia. de Ópera do Espírito Santo com o intuito de fomentar o canto lírico no Brasil. O prêmio inclui a participação em um concerto com a Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) durante o encerramento do 11º Festival de Música Erudita do Espírito Santo.

Fotos: Divulgação

Lucas Melo recebendo o troféu do concurso

“Concursos como este são sempre uma caixa de surpresas, você nunca sabe como vai cantar até estar na frente da banca. Porém, é muito importante para um cantor passar por este tipo coisa, os principais nomes da música erudita do Brasil sempre estão nas bancas de concurso, e uma oportunidade como ser chamado para produções em grandes teatros dentro e fora do país podem sempre acontecer, assim como aconteceu comigo quando fiquei em segundo lugar no Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas, em 2021. Fui chamado para uma produção da ópera “I Pagliacci” para dar vida ao personagem Cânio”, afirma Lucas Melo, que competiu na categoria dedicada a pessoas a partir de 35 anos.

Os participantes são avaliados por critérios técnicos como qualidade vocal, afinação, adequação de repertório e dificuldade das peças escolhidas. O concurso é dividido em três etapas: a eliminatória foi realizada de maneira remota, a semifinal e a final foram presenciais.

Para a primeira etapa, cada pessoa tinha que gravar um vídeo cantando uma ária (em alemão, italiano, espanhol, francês, inglês ou português) e uma canção brasileira (em português). Lucas Melo escolheu a ária “Dio! mi potevi scagliar tutti i mali”, da ópera “Otello”, composta pelo italiano Giuseppe Verdi (1813-1901), e uma obra de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), “Lundú da Marquesa de Santos”.

“Durante as fases presenciais, eu cantei as árias ‘Salut! Demeure chaste pude’, da ópera ‘Faust’, de Charles Gounod [compositor francês, (1818-1893)]; ‘Vesti la giubba’, da ópera ‘I Pagliacci’ [do italiano Ruggero Leoncavallo (1857-1919)], e como o concurso exige uma ária de ópera de composição nacional, optei pela ária ‘E foi assim que as criciantes dores…’, do compositor Euclides Fonseca [1854-1929], que foi o maior compositor de ópera do estado de Pernambuco. Cantei também, além das árias, duas canções: ‘La ricordanza’, do compositor italiano Vincenzo Bellini [1801-1835], e a famosa música de Carlos Gomes [1836-1896] ‘Quem sabe?!’”, recorda Lucas Melo.
 
Ele deu início à sua formação no Conservatório Pernambucano de Música, onde permaneceu até 2012 e foi orientado pela professora Amarilis de Rebuá. No bacharelado em Música/Canto da UFPE, começou a estudar com orientação da professora Márcia Rangel e atualmente é orientado pelo barítono Luiz Kleber Queiroz.

Desde 2009, Lucas Melo tem atuado no meio lírico em montagens de óperas como “A Flauta Mágica” e “O Empresário”, de Mozart (1756-1791); “A sessão da câmara”, de Villani-Cortês; “O Contrato de Casamento”, de Rossini (1792-1868); Rita, de Donizette (1797-1848); “Carmina Burana”, de Carl Orff (1895-1982); “Leonor” e “Il Maledetto”, de Euclides Fonsêca (1854-1929); “Pagliacci”, de Leoncavallo (1857-1919); e “Cavalleria Rusticana”, de Mascagni (1863-1945).

Além dos concursos já citados, Lucas Melo ganhou prêmios como o 1º lugar geral masculino na Edição Brasil do Concurso Internacional de Canto Linus Lerner (RN/2021), Melhor Música Brasileira, no 10º Festival Bixiga Canta (SP/2021).

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Lucas Melo no Instagram @lucasmelotenor