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Pós-Graduação em Química da UFPE promoverá colóquio sobre polímeros molecularmente impressos

O evento será realizado nesta quarta-feira (14), às 15h, no Auditório Professor Benício de Barros Neto

O Programa de Pós-Graduação em Química da UFPE promoverá um colóquio intitulado “Polímeros molecularmente impressos (MIP): um sistema de reconhecimento promissor para o desenvolvimento de sensores”. O evento será realizado nesta quarta-feira (14), às 15h, no Auditório Professor Benício de Barros Neto, do Departamento de Química Fundamental (DQF). O colóquio será ministrado pelo professor Marcos Vinicius Foguel. 

O convidado é bacharel, mestre e doutor em Química pelo Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com enfoque na Química Analítica. Atuou como pesquisador na University of Central Florida, em Orlando nos EUA, onde trabalhou com diferentes projetos visando o desenvolvimento de sensores eletroquímicos a base de DNA para diversas doenças. Sua linha de pesquisa é na área de sensores/biossensores eletroanalíticos, com ênfase na modificação de eletrodos para o desenvolvimento de imunossensores, genossensores e na síntese de polímeros molecularmente impressos (MIP) para aplicação em sensores biomiméticos. Atualmente é professor vinculado ao Departamento de Química Fundamental (DQF) da UFPE.

Resumo

Sensores químicos são dispositivos com a finalidade de transformar uma informação química em um sinal analítico mensurável, no qual este sinal está relacionado à concentração de uma espécie de interesse. Um sensor químico é constituído basicamente de um elemento receptor acoplado à superfície de um transdutor. O elemento receptor é o componente chave de qualquer sensor, pois é responsável por assegurar uma resposta seletiva a um analito ou a um grupo de analitos. Os materiais biológicos são amplamente empregados como elementos reconhecedores, no entanto, costumam apresentar altos custos. Assim, materiais que mimetizam os sistemas biológicos, como os polímeros molecularmente impressos (MIP), vêm ganhando cada vez mais destaque. Os MIPs são produzidos pelo crescimento em torno de uma molécula alvo que é utilizada como molde, de tal forma que um esqueleto polimérico é formado ao redor desta molécula. Uma vez que o polímero é formado, a molécula utilizada como molde é removida da estrutura polimérica, formando cavidades específicas no tamanho e na forma para a molécula alvo. Adicionalmente, os MIPs possuem grupos funcionais localizados em regiões específicas da cavidade para propiciar a interação com o analito. Os MIPs possuem vantagens interessantes como: facilidade do preparo, baixo custo, afinidade a uma ampla gama de analitos, alta seletividade e resistência a ambientes adversos. Portanto, associando as vantagens dos MIPs com a dos sensores químicos, é possível desenvolver dispositivos para a detecção de analitos em diversas áreas apresentando resposta rápida, confiável e reprodutível, a um baixo custo e com possibilidade de portabilidade para análise in situ.

Data da última modificação: 12/06/2023, 15:55