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Trajano Chacon – Advogado e jornalista

Fotografia de Trajano Chacon – Fonte: A Epoca (RJ)

Há 142 anos nascia Trajano Carneiro de Hollanda Chacon, mais conhecido como Trajano Chacon, que foi um talentoso jornalista e exerceu a advocacia em Recife, Manaus e Rio de Janeiro.

Em 18 de janeiro de 1879, nasceu Trajano Carneiro de Hollanda Chacon, na cidade do Recife, filho do Dr. Augusto Trajano de Hollanda Chacon e D. Amelia Carneiro Rodrigues Chacon. Quando da morte do seu pai, ficou sob os cuidados de uma tia materna, Zélia Sofia Carneiro Campelo que foi esposa do Barão de Lucena.

Em 1897, com 18 anos, ingressou no Curso Jurídico na Faculdade de Direito do Recife, após ter sido aprovado nos exames preparatórios.  Porém, no ano seguinte, interrompe na ocasião em que estava envolvido em aventuras políticas. 

Em 1903, aos 24 anos, perseguindo sua vocação literária, foi morar no Rio de Janeiro onde fundou e dirigiu a revista Atheneida, periódico de apenas onze números, semelhante a algumas publicações francesas do mesmo gênero, para o qual foram atraídos grandes nomes de escritores e artistas brasileiros, a exemplo de Rui Barbosa, Coelho Neto, Raul Pompéia, João do Rio, Martins Júnior.

No ano seguinte, Trajano Chacon encerrou a Atheneida e começou a escrever, sob o pseudônimo Justus Junius, uma seção de crítica teatral no periódico Os Anais: Semanário de Literatura, Arte, Ciência e Indústria, dirigido por Domingos Olímpio, autor do romance Luzia-Homem (1903).

Antes de receber o grão de bacharel, exerceu no Amazonas o jornalismo, onde também foi funcionário público.

Em 1905, Trajano voltou ao Recife, matricula-se no 2º ano e concluir esse ano em 23 de dezembro de 1905 aprovado com distinção em todas as cadeiras e Obteve o grau de bacharel pela Faculdade de Direito do Recife em 1908. 

Em 1905, apresentou-se candidato a deputação estadual de pernambuco, em plataforma revisionista, tendo sido eleito e reconhecido.

O Brasil, no final do século XIX e início do século XX, viveu uma época de intensa turbulência política. Era a transição do Império para a República. No Recife, no período de 1911 a 1915, governou o general Dantas Barreto. Trajano Chacon atuou na campanha a favor de Dantas e, como recompensa, foi contemplado com o cargo de delegado do 1º distrito. Não demorou para renunciar. Havia incompatibilidade pessoal com o chefe de polícia, Porfírio de Andrade, com a função e os métodos inerentes ao cargo. Voltou para o jornalismo. Suas reportagens sobre indústrias começaram a aparecer num jornal de oposição O Pernambuco. Houve ataques contra ele no jornal A República, dirigido pelo senador Ribeiro de Brito.

No dia 11 de agosto de 1913, na rua da Imperatriz, centro do Recife, quando saía de uma das comemorações pela criação dos Cursos Jurídicos, no Teatro Helvética, Trajano Chacon aos 34 anos, foi assassinado a canos de ferro. Esse fato ocorrido teve registro em vários periódicos naquela época. E o seu sepultamento foi no dia seguinte, saindo o féretro da casa da residência do Dr. Augusto chacon, a rua Nova para o cemitério público de Santo Amaro.

Fontes Consultadas:

>> BARBOSA, Virgínia. Trajano Chacon. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 

>> Biblioteca Nacional digital Brasil - A Epoca (RJ) – 13 de agosto de 1913 

>> Biblioteca Nacional digital Brasil - A Provincia : Orgão do Partido Liberal (PE) – 13 de agosto de 1913 

>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  Heliopolis : Revista de Artes e Letras (PE)  - agosto de 1913 

>> Biblioteca Nacional digital Brasil - Pequeno Jornal : Jornal Pequeno (PE)   - 12 de agosto de 1913

>> Dossiê do aluno Trajano Chacon – 1908 – Acervo do Arquivo da FDR

>> Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931 – Acervo do Arquivo da FDR

>> Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife – Acervo do Arquivo da FDR 

Data da última modificação: 22/02/2021, 07:27