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Barão do Rio Branco - o Patrono da Diplomacia Brasileira

"Um diplomata não serve a um regime e sim a um país.Barão de Rio Branco

Há 175 anos nascia o diplomata carioca José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, foi professor, político, jornalista, historiador, biógrafo e um dos maiores estadistas e diplomatas da história brasileira. 

José Maria da Silva Paranhos Júnior, nascido em 20 de abril de 1845, natural do município de Corte do Império do Brasil. Foi o primogênito dos nove filhos de Teresa de Figueiredo Faria e do ilustre José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, também personagem ímpar da diplomacia brasileira, responsável por elevar a representação oficial do Brasil nos Estados Unidos da América ao patamar de embaixada.

O jovem José Maria estudou no Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, e, posteriormente, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo até 4 ano, onde pediu transferência para Recife. E o conselheiro Doutor Vicente Pires da Motta Diretor da Faculdade da Cidade de São Paulo certificou a sua transferência e assinou no dia 30 de novembro de 1865, como segue a imagem abaixo:

Conforme consta na Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931, seus estudos foram concluídos na Faculdade de Direito doRecife, em 1866.

Em 1884, passou a integrar o conselho privado do Imperador, de quem recebeu, em 1888, o título de Barão do Rio Branco, passou a assinar José Maria da Silva Paranhos do Rio Branco ou apenas Rio Branco. Logo depois da Proclamação da República do Brasil, ele substituiu o conselheiro Antônio Prado na superintendência da emigração para o Brasil, cargo que exerceu até 1893. 

De acordo com Academia Brasileira de Letras - Segundo ocupante da Cadeira 34, eleito em 1º de outubro de 1898, na sucessão de Pereira da Silva. Ao se fundar a Academia em 1897, Rio Branco se encontrava ausente do país. Na votação para preenchimento das dez vagas restantes, teve apenas dez votos, não sendo eleito. Seu nome esteve, entretanto, desde logo lembrado e em 1898, ocorria o falecimento de Pereira da Silva. Rio Branco foi eleito para essa vaga. Foi o segundo acadêmico eleito (o primeiro foi João Ribeiro), mas não chegou a tomar posse, utilizando-se do dispositivo regimental que permitia a posse por correspondência.

Barão de Rio Branco faleceu no Rio de Janeiro em seu leito, no Palácio do Itamarati, no dia 10 de fevereiro de 1912, aos 66 anos, devido a problemas renais. Uma Multidão chorosa fez fila no Palácio do Itamaraty para ver o cadáver do Rio Branco e acompanhou o caixão até o cemitério do Caju, onde o ministro foi enterrado com honras de chefe de Estado.

Rio Branco foi uma das figuras emblemáticas do início da era republicana brasileira, mas permanece como homem-símbolo da diplomacia nacional até a atualidade. Oficialmente instituído, desde 1945, patrono da diplomacia brasileira, Rio Branco também empresta seu nome ao instituto que vem formando os membros da carreira de diplomata do serviço exterior brasileiro desde 1946.

Deixou, além disso, um legado importantíssimo para a história brasileira. A memória do Barão segue viva em diferentes cidades do país que você provavelmente encontrará ruas que foram batizadas em sua homenagem, ou ainda, seu rosto estampado nas notas de 1000 cruzeiros daquela época. Seu nome é lembrado, ainda hoje, pelos feitos em relação às fronteiras brasileiras.
 


Fontes consultadas:


>> Academia Brasileira de Letras - Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Júnior 

>>  CENTRO DE HISTÓRIA E DOCUMENTAÇÃO DIPLOMÁTICA - Barão do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos Júnior

>> CPDOC | FGV • Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - RIO BRANCO, José Maria da Silva Paranhos do

>> Exército Brasileiro - Noticiário do Exército - Centenário de falecimento do Barão do Rio Branco 

>> Livro das guias de Transferências Recebidas  - 1846 – 1878 – Acervo do Arquivo da FDR

>> Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931 - pag. 103 – Acervo do Arquivo da FDR

Data da última modificação: 26/02/2021, 21:12