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Dr. Francisco de Gouveia Nóbrega - Advogado e Magistrado

Fotografia de Francisco de Gouveia Nóbrega Fonte: Domínio Publico


Há 156 anos nascia o Dr. Gouveia Nóbrega, que foi sempre juiz honesto e brioso; na sua longa permanência da Magistratura Federal, teve muitas oportunidades de demonstrar as suas raras virtudes de homem de bem e de juiz íntegro.

Francisco de Gouveia Nóbrega, nascido em “São Brás”, município de em Soledade - Paraíba, no dia 18 de junho de 1865, filho de Silvino Alves Maria da Nóbrega e D. Joaquina Maria Cavalcante de Gouveia. Neto Paterno de Francisco Alves de Maria Nobrega e Córdula de Maria Nóbrega e Neto materno de Claudino Martir de Mendonça e D. Felícia Maria de Gouveia. 

Iniciando os seus estudos na terra natal, foi logo transferido para o famoso colégio do professor Demétrio Toledo, de Pilar. O curso de humanidades foi feito no Liceu Paraibano.

Ingressou no Curso Jurídico na Faculdade de Direito do Recife em 1887, após ter sido aprovado nos exames preparatórios. Com 27 anos de idade, bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito do Recife a 12 de dezembro de 1892.

Advogou no foro da terra natal e no de Campinas, Estado de S. Paulo. Foi promotor público na comarca de Manhuaçu, Estado de Minas Gerais.

Retornando à Paraíba, devido à morte do seu genitor, ocorrida em 25 de março de 1894, foi eleito deputado à Assembleia Legislativa do Estado, na 3ª legislatura, de 1896 a 1899.

Em seguida, ocupou o cargo de fiscal do Governo Federal junto ao Liceu Paraibano e Juiz Substituto na Paraíba durante vinte e nove anos.

Sofreu, em 1930, atroz campanha de difamação, atacando-se nele o Juiz Substituto Federal, membro nato da Junta Apuradora da eleição federal então procedida. Desafeto de um dos candidatos, não quis tomar parte na apuração em que o mesmo era parte, aceitando um convite do Ministro da Justiça para ir ao Rio de Janeiro.

Substituto na Junta Apuradora por um suplente que carecia de compostura e demais virtudes inerentes a um magistrado, este prestou-se a mais indecorosa depuração de que há memória na Paraíba.

Revoltadas com o resultado da apuração, as vítimas culparam injustamente o Juiz Gouveia Nóbrega, pelo desbragamento do seu substituto eventual.

Aos 70 anos de idade, em sua residência, à rua Felippe Camarão, 65 – faleceu o Dr. Francisco de Gouveia Nóbrega, na capital da República no Rio de Janeiro, aos 20 de março de 1936. Foi sepultado no outro dia as 9 horas saindo da sua residência para o Cemitério São João Baptista.

Fontes consultadas:

>> Biblioteca Nacional Digital Brasil - Diario de Noticias (RJ) - 21 de março de 1936

>> Biblioteca Nacional Digital Brasil - Diário de Notícias (RJ) - 22 de março de 1936

>> Biblioteca Nacional Digital Brasil - A Ordem (RN) - 25 de março de 1936

>> Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj - Fotografia de Francisco de Gouveia Nóbrega - Autor: Consantino Barza - Notas: Coleção Francisco Rodrigues, carte de visite, 10,4 x 6,4 cm - Local: Recife, Pernambuco, Brasil - Fonte: FR-07765 - Idioma: Português - Propriedade: Fundaj - Disponibilidade: Fundaj – Cehibra - Local Físico: FR-07765 - Fundo Documental: Coleção Francisco Rodrigues

>> Instituto Histórico e Geografico Paraibano/IHGP - Sócios Fundadores do IHGP - (BREVES NOTAS) 

>> Revista de Jurisprudência Justiça Federal – Seção Judiciária – PB – Volume II – O juiz Francisco de Gouveia Nóbrega - página 56

>> Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931  

>> Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife nos anos de 1881 a 1887 

>> Livro de Registro de diplomas de Doutores 1881 - 1894 - Acervo do Arquivo da FDR  

Data da última modificação: 18/06/2021, 12:48