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Dr. Evangelino José de Faro

Fotografia do Dr. Evangelino José de Faro – Fonte: Portal de Periódicos Científicos  - UFS
 
Há 155 anos nascia Evangelino José de Faro, que foi educador, orador, promotor, juiz, desembargador e advogado.
 
Evangelino José de Faro, nasceu no engenho São Félix, município de Laranjeiras, em Sergipe, no dia 13 de agosto de 1866, filho de Alexandre José de Faro e Dona Josefa Isabel da Silveira Faro. Sendo Neto paterno de Joaquim Vieira de Melo e Dona Joana de Faro Leitão e neto materno de Antônio da Silveira Linhares e Dona Maria Isabel da Silveira.
 
Em Aracaju, desde as primeiras etapas estudantis demostrou ser estudiosos e perseverante, com isso, contribuiu a iniciação e a conclusão dos seus estudos de humanidades. Fez todo o exame preparatório em Aracaju, e em 1883, ingressou no Curso Jurídico na Faculdade de Direito do Recife, após ter sido aprovado nos exames preparatórios. Teve uma estreita afinidade com o seu colega de Turma e companheiro de República, Epitácio  Lindolfo  da Silva Pessoa, na capital Pernambucana, desde problemas jurídicos até os literários e filosófico constituíram um desejo perene para acimentar aquela relação. Ambos estimulados pelos grandes mestres que orientavam os espíritos da mocidade de então, no estudo do direito, sentiu o influxo dos sábios ensinamentos. Obteve o grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 01 de novembro de 1886.
 
Formado, voltou a residir em Laranjeiras, e, tendo sido nomeado Promotor Público de Itabaiana em março de 1888, que permaneceu até agosto de 1889, quando foi removido para Riachuelo e depois para Laranjeiras – assumindo o exercício em 19 de setembro de 1889, logo após a proclamação da República, sendo pela junta governativa republicana, nomeado juiz municipal do mesmo termo.
 
Pedindo demissão desse lugar em maio de 1891, seguiu para o Rio de Janeiro onde exerceu o cargo de Fiscal do Governo, junto ao Banco Incorporador, por título de 21 de maio de 1891. Sua estada foi efemera. Em outubro de 1891, deixando este lugar voltou a Sergipe, sendo nomeado por Decreto de 10 de novembro de 1891 juiz de Direito de Itabaiana e tomando posse a 20 do mesmo mês. E oito dias após sua investidura, por ato da junta revolucionária, que anulou os atos do Coronel Vicente Ribeiro, primeiro governador eleito para Sergipe, foi a 28 destituído do cargo de juiz de Direito, recém-empossado.
 
Foi deputado à Assembleia Legislativa no biênio de 1894 a 1895, o ex-magistrado, ingressando numa nova fase profissional, emprestou aquela poder sua fecunda e honesta colaboração.
 
Agraciado pleo Ato de 22 de junho de 1897, Diretor da Instrução Pública do Estado de Sergipe, exerceu este cargo até 15 de fevereiro de 1898, época em que foi nomeado Juiz de Direito de Maruim por Decreto Nº 259 e entrou em exercício em 05 de março, permutando, então, a comarca com o Dr. Homero de Oliveira, Juiz de Direito de Laranjeiras. 
 
Esteve na judicatura até 31 de julho de 1900 foi removido para a comarca de Vila-Nova, tendo sido declarado posteriormente em disponibilidade, em 05 de novembro de 1900, por não ter assumido o exercício desta última comarca no prazo legal.
 
Nesse período, deixando transitoriamente os misteres da magistratura, retornou para os labores da agricultura.
 
Fundou a 3 de fevereiro de 1906 o colégio “Grêmio Escolar” no engenho “Ribeira de Baixo”, termo de Laranjeiras, na direção realizou um grande apostolado educacional, numa invulgar vocação pedagógica, num incentivo ao ensino em Sergipe. Percebendo os grandes ideias que estavam reservado ao instituto, transferindo-o depois para o Aracaju em fevereiro de 1909, onde funciona atualmente (1924).
 
Por Decreto de 24 de setembro de 1913 foi nomeado Desembargador do Tribunal da Relação do Estado de Sergipe, e assumiu o exercício no dia 25 do referido mês, cargo que exerce com muita competência. E permaneceu como Desembargador do Tribunal de Relação, até 5 de maio de 1925, quando, por Decreto de 26 de outubro de 1925, no Diário Oficial do Estado, foi posto em disponibilidade.
 
Fez parte da Comissão Fiscal da Associação de Beneficência Aracajuana e passou pela presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Sergipe - Dr Evangelino José de Faro (1935-1936) .
 
Aos 79 anos, Dr Evangelino José de Faro, faleceu no dia 31 de outubro de 1945, em Aracaju (SE).
 
Fontes consultadas:
 
>> Academia Maçônica do Estado de Sergipe - Evangelino José de Faro
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  Gazeta de Noticias (RJ) - 26 de novembro de 1886
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  A Reforma : Orgão do Partido Liberal (SE) - 14 de julho de 1889
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  Jornal do Commercio (RJ) - 10 de outubro de 1889
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  O Tempo (RJ) - 23 de maio de 1891
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  Diario de Noticias (PA) - 13 de junho de 1891
 
>> Biblioteca Nacional digital Brasil -  Jornal do Brasil (RJ) - 12 de novembro de 1891
 
>> Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife nos anos de 1881 a 1887
 
>> Lista geral dos bacharéis e doutores que tem obtido o respectivo grau na Faculdade de Direito do Recife, desde a sua fundação em Olinda, no ano de 1828, até o ano de 1931
 
>> Livro de Registro de diplomas de Doutores 1881 - 1894 - Acervo do Arquivo da FDR 
 
>> Melo, Luiz Pereira de. - Universidade Federal de Sergipe - Portal de Periódicos Científicos  - Evangelino José de Faro
Data da última modificação: 13/08/2021, 16:12