Fotografia de Barão de Araújo Góes. Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/util/imagem.asp?id=1419 

Há 209 anos nascia o magistrado e político de larga influência -  Inocêncio Marques de Araújo Góes – nascido na Villa de Santo Amaro, Província da Bahia, no dia 04 de julho de 1811, filho de Innocêncio Marques de Araújo Góes e de D. Maria Joana Calmon de Araújo Góes.

Em 1827, seguiu para Coimbra a fim de cursar a Faculdade de Leis da Universidade da mesma cidade. Regressou ao Brasil e ingressou no Curso Jurídico em Olinda em 1830, após ter sido aprovado nos exames preparatórios. Bacharelou-se em Olinda, onde recebeu o grão de Ciências Sociais Jurídica no dia 28 de novembro de 1834, como segue a imagem abaixo: 

Por decreto de 28 de janeiro de 1842, foi nomeado Juiz de Direito da comarca de Cachoeira, cargo que exerceu durante treze anos, até ser nomeado Juiz Especial da Vara do Comércio da província da Bahia, em decreto de 18 de maio de 1855.

Por decreto de 14 de setembro de 1861, entrava para a Relação da província, sendo nomeado Desembargador.

Por decreto de 2 de março de 1864, pertenceu ao Tribunal do Comércio da Bahia.

Por decreto de 26 de outubro de 1870, havendo sido nomeado Fiscal,  cargo de que foi dispensado e mandado ter exercício na Relação.

Por decreto de 9 de outubro de 1875, tendo sido nomeado Presidente da mesma Relação. 

Por decreto de 2 de abril de 1880, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, preenchendo a vaga aberta com o falecimento de José Pereira da Costa Motta; tomou posse em 2 de junho do mesmo ano. 

Por decreto de 4 de dezembro de 1886, foi aposentado, a pedido, o ministro do supremo tribunal de justiça, conselheiro Inocêncio Marques de Araújo Góes, com todos os vencimentos, nos termos do decreto n. 3.300, de 9 de outubro de 1886, conforme escrito no jornal correio Paulistano.

Araújo Góes militou na política, foi Deputado à Assembleia provincial de 1838 a 1859, e à Assembleia-Geral Legislativa na 10ª legislatura (1857-1860), como suplente, tomando assento na sessão de 1858, na 14ª (1869-1872) e 15ª (1872-1875), havendo sido Presidente da Câmara dos Deputados na 15ª legislatura, cargo em que foi reeleito em três sessões consecutivas.

Exerceu o cargo de Chefe de Polícia de sua província natal, interinamente, em 1849, por nomeação do respectivo Presidente Francisco Gonçalves Martins, mais tarde, Barão e Visconde de São Lourenço, e, efetivamente, por decreto do Governo imperial de 28 de novembro de 1853. Em decreto de 8 de março de 1862, foi nomeado Vice-Presidente da província. 

Foi agraciado, por D. Pedro II, com o foro de Fidalgo Cavaleiro; hábito de Cristo, em decreto de 30 de julho de 1841; as comendas das Ordens da Rosa e de Cristo, em decreto de 14 de março de 1860, e os títulos do Conselho, em carta de 10 de setembro de 1873, e de Barão de Araújo Góes, em decreto de 11 de dezembro de 1886, por ocasião de ser aposentado.

O Barão de Araújo Góes, com 86 anos, faleceu em 13 de maio de 1897, no Estado da Bahia. 

Fontes Consultadas:

>> Biblioteca digital - 1830 - Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Direito do Recife no ano de 1830 

>> Jornal Correio Paulistano - Ano XXXIII - N. 9085 - São Paulo - terça-feira, 07 de dezembro de 1886 

>> Supremo Tribunal Federal - Innocencio Marques de Araujo Goes (Barão de Araujo Goes)

>> Livro de Registro de diplomas de bacharéis 1832 – 1848 – Acervo do Arquivo da FDR