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PPGeoc promove defesa de dissertação amanhã às 14h

Trabalho é de autoria de Diego Hernando Ardila Melo, que foi orientado pelos professores Valderez Pinto Ferreira (orientadora) e Alcides Nóbrega Sial (coorientador)

O Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGeoc) do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) da UFPE promove, amanhã (30), às 14h, a defesa de dissertação de mestrado de autoria de Diego Hernando Ardila Melo, que foi orientado pelos professores Valderez Pinto Ferreira (orientadora) e Alcides Nóbrega Sial (coorientador). O título do trabalho é “Petrologia, Geoquímica e Geocronologia do Batólito Pajeú, Terreno Alto Pajeú, Domínio Zona Transversal, Província Borborema”.

A defesa ocorrerá por meio de videoconferência através do Google Meet. A banca examinadora será formada pelos professores Valderez Pinto Ferreira (UFPE), Adejardo Francisco da Silva Filho (PPGeoc/CTG/UFPE) e Anelise Losangela Bertotti (UFPE).

Resumo

O batólito Pajeú faz parte de um grupo de granitoides cálcio-alcalinos de alto K e shoshoníticos que intrudiram o Domínio Alto Pajeú entre 590 – 570 Ma. Embora estudos anteriores mostraram que o batólito é composto por duas fácies distintas, a relação espacial e temporal entre elas é desconhecida, bem como a natureza das suas rochas fonte. Datações U–Pb em zircão, junto com observações de campo, características petrográficas e interpretações de dados aerogeofísicos, mostram que, ao menos, dois plutons distintos podem ser identificados no batólito Pajeú. O pluton aflorando ao oeste do batólito (593 ± 1,23 Ma) consiste principalmente de quartzo monzonitos a monzogranitos porfiríticos com megacristais de feldspato alcalino, enquanto o pluton ao leste (567 ± 1,34 Ma) é composto predominantemente de biotita sienogranitos equigranulares de grão fino a médio. Os monzogranitos porfiríticos são magnesianos, possuem composições intermediárias a ácidas (SiO2 = 62,2 – 67,6 wt%) e conteúdos relativamente altos de MgO (1,3 – 2,9 wt%) e #Mg (44 – 55). Em contraste, os biotitas granitos são ferrosos, tem altos conteúdos de SiO2 (69,3 – 73,1 wt%) e baixo MgO (0,2 – 0,5 wt%) e #Mg (16 – 36). Ambos grupos de rochas são caracterizados por enriquecimento em LREE ([La/Sm]N = 5,2 – 9,2) e LILE e empobrecimento em HREE ([Gd/Yb]N = 3,21 – 4,91) e HFSE. No entanto, os biotitas granitos mostram padrões REE mais fracionados ([La/Yb]N = 67,4 – 101,5), do que os monzogranitos porfiríticos ([La/Yb]N = 35,8 – 54,8), e anomalias negativas de P e Ti mais pronunciadas. As composições isotópicos Sr-Nd para os diferentes tipos de rochas também são aproximadamente semelhantes, mas com razões87Sr/86Sr iniciais relativamente maiores (0,71265 – 0,71412) e valores Nd (t) ligeiramente mais negativos (-18,45 a -18,67) para os biotita granitos do que para os monzogranitos porfiríticos (87Sr/86Sr (i) = 0,71077 – 0,71155 e Nd (t) = -16,04 a -16,96). Essas características geoquímicas e isotópicas, em combinação com os dados de química mineral dos minerais ferromagnesianos, sugerem fontes distintas para os dois plutons. Os biotitas granitos são de origem puramente crustal, derivados provavelmente da fusão parcial de rochas metaígneas Paleoproterozoicas, enquanto que mistura de tais fundidos crustais com magmas derivados do manto litosférico metassomatizado poderia explicar a origem dos monzogranitos porfiríticos. A afinidade cálcio-alcalina de alto K a shoshonítica desses granitoides, e o magmatismo ultrapotássico e peralcalino contemporâneo amplamente distribuído no Domínio Alto Pajeú, é típico de um cenário geodinâmico pós colisional. A continuidade desse cinturão magmático pós colisional para o sudoeste (Domínio Riacho do Pontal) sugere que um evento de afinamento litosférico local pode ter ocorrido nesta região da Província Borborema.

Data da última modificação: 30/07/2021, 10:00