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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 2 em 2022

“INTERPRETAÇÃO PALEOAMBIENTAL DA FORMAÇÃO TAMBABA (EOCENO) DA SUB-BACIA ALHANDRA, BACIA PARAÍBA, POR MEIO DE ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, ESTRATIGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 2 em 2022

 

Aluno(a): José Diego Dias Veras

 

Orientador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann

 

Coorientador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (UFPE)

 

Título da pré-tese: “INTERPRETAÇÃO PALEOAMBIENTAL DA FORMAÇÃO TAMBABA (EOCENO) DA SUB-BACIA ALHANDRA, BACIA PARAÍBA, POR MEIO DE ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, ESTRATIGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS”

 

Data: 19/01/2022

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet: http://meet.google.com/gky-movr-vyu

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Anelise Losangela Bertotti (UFPE)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Alex Souza Moraes (UFRPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Valderez Pinto Ferreira (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Bruno Ludovico Dihl Horn (CPRM)

 

Resumo:

 

A Formação Tambaba possui idade Eocênica e ocorre de forma restrita em superfície na região costeira norte da Bacia Paraíba. Anteriormente, os depósitos carbonáticos constituintes desta unidade eram frequentemente citados como Formação Marinha Farinha Superior, admitindo-se uma formação estratigráfica distinta da Formação Marinha Farinha (de idade Paleocênica). Este trabalho teve como objetivo a construção de um modelo paleoambiental dos calcários recifais da referida formação através de estudos sedimentológicos, estratigráficos e geoquímicos. Os afloramentos estudados estão localizados na faixa costeira entre as praias de Tambaba, Coqueirinho e Jacumã, no estado da Paraíba. Estes depósitos carbonáticos apresentam um aspecto coquinoide e devido à erosão, um aspecto ruiniforme irregular. Porções acumuladoras de bivalves e gastrópodes propiciaram um intenso processo de bioerosão, causado principalmente por organismos perfuradores. Além disso, apresentam uma intensa variação de fácies que foram caracterizadas através de microscopia óptica e catodoluminescência entre Mudstones, Wackestones e Packstones. São compostas essencialmente por uma matriz micrítica com a presença ainda de pirita e sílica em menores proporções, entretanto, as fácies sofrem o processo diagenético de substituição de calcita por dolomita (dolomitização). Outros processos diagenéticos como dissolução, cimentação e compactação foram identificados nos estudos petrográficos. A evidência de bastante piritização substituindo valvas e fragmentos de bioclastos, e substituindo tubos de Thallassinoides indicam um estágio eodiagenético. Os valores de d13C variam de 1.0 a 2.8 e os de d18O, de -1.3 a 1.8 VPDB, sugerindo deposição em ambiente de plataforma rasa restrito. Análises por fluorescência de raios-X sugeriram alterações diagenéticas, como dedolomitização (Mn/Sr varia de 0.6 a 28) e dolomitização sugerido pela alta razão Mg/Ca (0.5 a 0.6). Além disso, os baixos teores de SiO2 e Al2O3 corroboram o baixo influxo de materiais terrígenos. A interpretação dessa resposta sugere mudanças ambientais, como aumento ou diminuição da bioprodutividade dos organismos que compõem esses calcários recifais. Essas mudanças também são registradas no comportamento dos elementos principais e traços - por exemplo, a relação entre SiO2, Al2O3, MgO e CaO, caracterizando dois ciclos diferentes durante a deposição desses calcários: o primeiro caracterizado por uma deposição predominantemente carbonática, e o segundo apresentando pulso de conteúdo siliciclástico. Além disso, os valores de paleotemperatura (9-15°C, a partir de dados de d18O) obtidos, juntamente com os perfis quimioestratigráficos de estudos anteriores (por exemplo, d13C, CaO, MgO, SiO2, Al2O3), indicam que os calcários de recife da Formação Tambaba foram provavelmente depositados cerca de 5Ma após o evento Paleoceno-Eoceno Térmico Máximo.

 

Palavras-chave: Formação Tambaba; Calcários Recifais; Bacia Paraíba.