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Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 6 em 2021

OSTRACODES BATIAIS DO PLEISTOCENO–HOLOCENO DO CONE DO RIO GRANDE, BACIA DE PELOTAS, BRASIL

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Defesa de Dissertação de Mestrado n.º 6 em 2021

 

Aluno(a): Renata Juliana Arruda Maia

 

Orientador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Cristianini Trescastro Bergue (UFRGS)

 

Título: “OSTRACODES BATIAIS DO PLEISTOCENO–HOLOCENO DO CONE DO RIO GRANDE, BACIA DE PELOTAS, BRASIL”

 

Data: 08/07/2021

 

Horário: 14h

 

Local: videoconferência através do Google Meet.

Link da transmissão ao público: http://meet.google.com/nug-ehvn-drd

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (Orientadora)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Claus Fallgatter (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Maria Inês Feijó Ramos (MPEG/MCTI)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (PPGEOC/CTG/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Simone Nunes Brandão (UESC)

 

Resumo:

 

Ostracodes constituem um grupo de artrópodes bivalves, de tamanho diminuto, dotados de uma carapaça predominantemente carbonática composta por duas valvas articuladas na região dorsal. Possuem hábito essencialmente aquático, podendo ser encontrados em ambientes marinhos, não marinhos e de transição. O estudo das valvas e carapaças preservadas no registro fóssil abrange principalmente pesquisas de cunho sistemático, bioestratigráfico, paleoecológico e paleozoogeográfico. Para a realização desse trabalho, foram estudadas 87 amostras provenientes de cinco piston cores, do Cone do Rio Grande, Bacia de Pelotas, Brasil. A Bacia de Pelotas está localizada no extremo sul da margem brasileira, com aproximadamente 210.000 km2, sendo limitada ao norte pelo Alto Florianópolis, no estado de Santa Catarina, e ao sul pelo Alto Polônio, no Uruguai. A metodologia incluiu a pesagem, lavagem, secagem e triagem das amostras, seguida de imageamento, identificação taxonômica dos espécimes coletados e interpretação dos dados. Um total de 21 gêneros e 32 espécies foram identificadas, revelando uma fauna batial de ostracodes, com dominância dos gêneros Apatihowella, Cytheropteron e Cytherella, intercalada a uma fauna nerítica alóctone, com dominância do gênero Cativella. Eucytherura fossapunctata foi descrita como uma nova espécie. A ocorrência geográfica das espécies Krithe hunti, Poseidonamicus hisayoae e Pectocythere magellanensis foi estendida para a margem sul do Brasil. A análise bioestratigráfica adicional dos foraminíferos planctônicos posicionou as amostras estudadas nas Biozonas Z e Y, correspondentes ao intervalo Pleistoceno–Holoceno. Parte dos táxons recuperados foram relacionados a um ambiente de escape de gás, sendo pertencentes a uma comunidade quimiossintética. Os ostracodes Paracytherois, Cytheropteron, Cytherella, Macropyxis, Krithe hunti, Krithe reversa, Henryhowella asperrima, Eucytherura fossapunctata, Rimacytheropteron longipunctatum, Apatihowella bernardi e Apatihowella asperrima e os foraminíferos Bolivina, Bulimina, Nonion, Nonionellina, Oridorsalis, Uvigerina, Epistominella e Cassidulina estão relacionados a hidratos de gás e ao ambiente eutrófico-mesotrófico em uma condição disóxica-anóxica.

 

Palavras-chave: ostracodes batiais, taxonomia, paleoambiente, Cone do Rio Grande, Quaternário.

 

Data da última modificação: 07/07/2021, 18:45