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Especialista do HC tira dúvidas sobre a vacinação contra a Covid-19 e reforça a eficácia das vacinas aplicadas no Brasil

Chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do HC, Paulo Sérgio Ramos, fala sobre vacinação

O Brasil completa cinco meses, amanhã (18), do início oficial da campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 no país, mas as dúvidas sobre o assunto ainda persistem. Com o objetivo de esclarecer algumas questões, a Unidade de Comunicação Social do Hospital das Clínicas da UFPE/Ebserh entrevistou o chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do hospital, Paulo Sérgio Ramos, que ratificou a importância da vacinação, comentou sobre a diferença entre as formulações das vacinas disponíveis no Brasil, falou sobre possíveis reações adversas e reforçou que qualquer uma das três formulações usadas no Brasil no atual cenário confere proteção para gravidade e morte gerada pela Covid-19.

Confira a entrevista

Qual a importância da vacinação contra a Covid-19?
Apenas através da vacinação massiva da população iremos controlar a circulação do vírus e, desta forma, atingirmos o controle da pandemia.

É possível adquirir uma doença mesmo estando imunizado contra ela?
Sim. Nenhuma vacina confere 100% de imunidade. Por isso, a importância da prevenção. No caso da Covid-19, manter o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização frequente das mãos são essenciais mesmo após a vacinação, assim poderemos frear a circulação do vírus e proteger aqueles que ainda não foram vacinados.

Muitas pessoas têm preferência de tomar vacina X ou Y contra a Covid-19. Existe diferença na formulação? Há uma formulação melhor que a outra?
Existe, sim, diferença na formulação dos imunizantes disponíveis. São plataformas tecnológicas diferentes e com resultados de eficácia também diferentes. Mas o importante é que todas têm elevada eficácia para proteção contra as formas graves.

Então, há diferença na eficácia das vacinas contra Covid-19 usadas hoje no Brasil?
De fato, as vacinas apresentaram eficácias globais diferentes em seus estudos originais, os quais as tornaram licenciadas pelas agências regulatórias. Mas, de modo geral, a eficácia para a proteção de formas graves da doença (que levam à hospitalização), assim como a proteção para desfecho de morte, são muito próximas entre elas. Por este motivo, qualquer uma das três formulações usadas no Brasil no atual cenário confere proteção para gravidade e morte gerada pela Covid-19.

A primeira dose já garante proteção? Explique a importância de as pessoas comparecerem para tomar a segunda dose.
É fundamental a aplicação das duas doses de um dos imunizantes atualmente disponíveis no Brasil para que ocorra a proteção esperada, evitando formas graves e morte decorrente de complicações da Covid.

Posso tomar uma formulação na primeira dose e outra diferente na segunda dose? Isso causaria riscos a minha saúde ou à proteção gerada pela vacina?
Não há estudos concluídos sobre a segurança e eficácia de intercambialidade de vacinas, ou seja, até o momento a recomendação é de iniciar e concluir a vacinação, no caso as duas doses, com o mesmo produto.

É comum que as vacinas causem reações adversas?
Sim, reações adversas como dor no local de aplicação da vacina assim como indisposição, dor de cabeça, febre leve, que costumam durar um ou dois dias, são comuns. Eventos graves são considerados raros.

Data da última modificação: 17/06/2021, 17:51