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Estreia na TVU o documentário “A pernambucanidade de Paulo Freire”

O documentário é uma parceria da TVU com a Cátedra Paulo Freire da UFPE

Amanhã (18), às 22h, estreia na TVU, canal 11.1, o documentário "A pernambucanidade de Paulo Freire". O patrono da educação brasileira, no dia 19 deste mês, completaria 100 anos. O documentário mostra as raízes, as marcas de Paulo Freire em Pernambuco, sua ligação com o Recife, os lugares onde ele estudou, morou e trabalhou.

Filho de pernambucanos, Paulo nasceu no Recife e passou sua infância no bairro de Casa Amarela, região norte da capital pernambucana. Foi na casa da Estrada do Encanamento, debaixo da mangueira no quintal, onde Paulo teve o primeiro contato com a alfabetização por meio da mãe, dona Edeltrudes. Por causa de problemas financeiros, Paulo e a família se mudaram para Jaboatão, na Região Metropolitana do Recife. Foi ali onde Paulo teve contato com a pobreza e com a fome dos amigos.

A mãe dele ficou viúva e travou uma verdadeira batalha para que o menino estudasse. Ela conseguiu uma bolsa para ele estudar no Colégio Osvaldo Cruz, no centro do Recife. Freire era bom aluno e foi professor da instituição. Foi ali onde Paulo conheceu a primeira mulher dele, a pernambucana Elza Freire, também professora. 

Paulo se formou em Direito na Faculdade do Recife, mas não exerceu a profissão porque a vocação dele era ser educador. Foi então que Paulo foi trabalhar no Sesi, onde desenvolveu projetos com educação de adultos. Freire também fez parte do Movimento de Cultura Popular do Recife onde desenvolveu os círculos de cultura e foi fundamental na construção da rede municipal de ensino do Recife. Paulo foi professor dos cursos de Serviço Social e de Belas Artes da Universidade do Recife, como era chamada a UFPE. Na Universidade, também criou o Serviço de Extensão Cultural. Um dos projetos do SEC foi a criação da Rádio Paulo Freire. 

Depois disso, Paulo foi preso e exilado em função do golpe militar de 1964. Voltou ao Brasil em 1979, ficou viúvo em 1986 e se casou dois anos depois com a pernambucana Nita Freire, também professora. 

O documentário é uma parceria da TVU com a Cátedra Paulo Freire da UFPE. Ele foi produzido durante seis meses por Amanda Dantas, diretora de Produção da emissora. Além do trabalho de pesquisa, Amanda escreveu os textos, fez as entrevistas e narrou o documentário. A edição é de Luciano Ventura. A trilha foi gentilmente cedida por Rafa Marques e a pesquisa musical foi de Filipe Novais.

Data da última modificação: 17/09/2021, 17:55