Fotografia de Fausto Cardozo. Fonte: Jornal do Brasil - 29 de agosto de 1906 

Há 114 anos, no dia 28 de agosto de 1906, Fausto Cardozo aos 42 anos de idade, dirigiu-se desarmado, ao Palácio do Governo em Aracaju numa tentativa de mudar o pensamento da tropa. Proferiu um discurso inflamado, mas os soldados atiraram e ele caiu morto, vitimado por uma bala que o atingiu no peito. Foi sepultado em 29 de agosto no cemitério Santa Izabel em Aracaju. A morte de Fausto Cardoso repercutiu em todo o País.

Fausto de Aguiar Cardozo, mais conhecido como Fausto Cardozo, nascido em Sergipe, em 22 de dezembro de 1864, filho do Major Felix Zeferino Cardozo e de Maria do Patrocínio de Aguiar Cardozo.

Em 1880 ingressou no Curso Jurídico na Faculdade de Direito do Recife, após ter sido aprovado nos exames preparatórios. Destaca-se na vida acadêmica e se torna discípulo de Tobias Barreto. Frequentou os círculos literários e filosóficos da chamada Escola do Recife, que abrigava as ideias positivistas e evolucionistas do final do século XIX. Recebeu o grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 04 de março de 1884, conforme segue a imagem abaixo:

Recém-formado, foi nomeado Promotor de Capela e em seguida atuou em Gararu, Riachuelo e Laranjeiras, onde permaneceu aproximadamente por três anos, de 1887 a 1890.

Escreveu vários livros. Em um deles, denominado “Concepção Monistica do Universo”, expôs sua filosofia. Em outro, intitulado “Taxonomia Social”, escreveu páginas brilhantes sobre a sociedade. Publicou vários artigos sobre história, temas jurídicos e outros assuntos.

Fausto Cardoso foi eleito deputado federal por seu estado em 1900. No cargo, Fausto se destacou como principal crítico da política econômica do presidente Campos Sales e do ministro da Fazenda Joaquim Murtinho, sendo defensor das ideias de Rui Barbosa e do protecionismo para incentivar o crescimento da indústria.

Fotografia da Estátua de Fausto Cardozo. Fonte: Biblioteca Pública do Estado : Aracaju (SE)

A praça Fausto Cardoso recebeu esse nome em 1912 como forma de homenagem e hoje existe um monumento de sua estátua com a frase “Vou morrer defendendo a honra da minha terra”. Essa praça foi construída em 1857 e já foi chamada de Praça do Imperador, Praça do Palácio, Praça da República e Praça Tiradentes.

Fausto Cardoso é patrono da Assembleia Legislativa – ALESE como reconhecimento pela sua luta no estado. O reconhecimento foi realizado pelo então presidente à época, Oliveira Valadão em 1916.

Diversas localidades do estado como praças, escolas, ruas, Forum, recebem o nome de Fausto Cardoso em alusão e reconhecimento à sua luta no estado.

Fontes consultadas:

>> Biblioteca Pública do Estado : Aracaju (SE) -  Estátua de Fausto Cardoso
>> Jornal do Brasil - 29 de agosto de 1906 - 
>> Livro de Registro de diplomas de Bacharel (1881 - 1894) - Acervo do Arquivo da FDR