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Aluna do PPGEOC defenderá dissertação de mestrado amanhã (31)

A pesquisa foi orientada pela professora Alcina Magnólia da Silva Franca

A dissertação de mestrado “Taxonomia e Paleoecologia de Foraminíferos e Ostracodes da Formação Romualdo, Cretáceo Inferior da Bacia do Araripe – PE” da estudante Rilda Verônica Cardoso de Araripe será defendida, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geociências (PPGEOC) da UFPE, às 14h de amanhã (31) na sala de projeções do Departamento de Geologia, localizada no 5° andar do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG).

A pesquisa foi orientada pela professora Alcina Magnólia da Silva Franca. Também compõem a banca examinadora os professores Alcides Nóbrega Sial (UFPE) e a Fabiana Silva Vieira (UFS).

Resumo

O estudo da associação de microfósseis da Formação Romualdo foi realizado em 50 amostras de calcarenitos e argilitos, situados no nível das concentrações de fósseis de invertebrados marinhos e nos calcários coquinoides, que compõe os estratos de caráter transgressivos da Formação Romualdo, Bacia do Araripe (PE). As amostras analisadas provêm de cinco afloramentos (Cedro, Santo Antônio, Arrojado, Canastra e Torre Grande), localizados nos municípios de Exu e Araripina na porção centro-sul e sudoeste da bacia. As amostras foram analisadas em laboratório obedecendo ao protocolo metodológico padrão de estudos de foraminíferos e ostracodes. Foram reconhecidas quatro biofácies, dentre associações de foraminíferos e ostracodes. Foram identificadas dez espécies de foraminíferos bentônicos e registrada a ocorrência de foraminíferos planctônicos. Tal associação é tipicamente de ambiente marinho raso a lagunas hipersalinas, e demonstra uma afinidade com a fauna tetiana através da presença de espécies do gênero Agathammina. No que se refere aos ostracodes, foram identificados cinco espécies, consideradas de ambiente mixohialino e estaria resistindo à variação de salinidade ocorrida durante deposição da Formação Romualdo. Além da análise taxonômica, foram realizadas análises isotópicas em amostras de três afloramentos (Arrojado, Canastra e Cedro). Os dados de oxigênio indicaram águas com temperaturas elevadas e presença de calcários marinhos em todos os afloramentos. Para os dados isotópicos de carbono os valores indicam ambiente anóxico e com alto teor de matéria orgânica. No afloramento Cedro, ocorreu uma variação positiva nos dados isotópicos de carbono sendo interpretada como um pulso transgressivo. De acordo com análise da associação de microfósseis e a análise isotópica foi possível concluir que a porção centro-sul da Bacia do Araripe (Cedro e Santo Antônio) possui maior representatividade da influência marinha que na porção sudoeste. Dessa forma, a ingressão marinha ocorrida no Aptiano, poderia ter atingido primeiramente a parte centro-sul da bacia, com sentido N/NE.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Geociências
(81) 2126.8902
ppgeoc@ufpe.br

 

tags: PPGEOC, CTG, pós-graduação

Data da última modificação: 31/08/2017, 13:02