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Inédita no mundo, pesquisa do HC mostra eficiência de exame no baço para avaliar pacientes com esquistossomose
Doença começa sem sintomas e pode evoluir para formas clínicas graves que podem levar ao óbito
O exame de Elastografia Esplênica (do baço) mostrou-se uma ferramenta confiável e não invasiva para avaliação do estado de saúde de pacientes com a esquistossomose mansônica, também conhecida como “barriga-d’-água” ou doença do caramujo. Isso foi o que mostrou a pesquisa científica “Evaluation of Schistosomiasis Mansoni Morbidity by Hepatic and Splenic Elastography” (Avaliação da Morbidade da Esquistossomose Mansoni por Elastografia Hepática e Esplênica) publicada no jornal científico Ultrasound in Medicine and Biology e desenvolvida por profissionais do Hospital das Clínicas e do Centro de Ciências Médicas da UFPE. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Este exame, a elastografia, surgiu há cerca de dez anos e é mais utilizado para medir a fibrose que ocorre no fígado nas doenças crônicas. Porém, a fibrose característica da esquistossomose, a periportal, não é tão bem mensurada pela elastografia. Mas quando fizemos esse exame no baço, o resultado foi muito bom. Este é um exame não invasivo e foi o primeiro no mundo feito em pacientes esquistossomóticos”, explica o chefe do Serviço de Hepatologia do HC, Edmundo Lopes, que é professor da UFPE e foi o orientador da dissertação de mestrado “Avaliação da Rigidez Hepática e Esplênica por Elastografia em Pacientes com Esquistossomose Mansônica”, de autoria de Caroline Pereira.
Na esquistossomose, os resultados deste exame foram melhores no baço do que no fígado para explicar o agravamento da doença. “O estudo avaliou o grau da doença por Elastografia por Onda de Cisalhamento Hepática e Esplênica (pSWE) em 74 pacientes. “O exame é objetivo e confiável ao apresentar um número de forma imediata e simples, diferente da ultrassonografia, que também detecta essa fibrose, mas que exige um operador mais experiente, sendo subjetivo. Se a gente consegue colocar um aparelho desse numa região endêmica, como a Zona da Mata de Pernambuco, dá para evitar o agravamento de quadros de esquistossomose”, relata Edmundo Lopes.
A esquistossomose começa sem sintomas e pode evoluir para formas clínicas graves (como hipertensão pulmonar e portal, fibrose periportal, "barriga-d’-água", ruptura de varizes do esôfago e fibrose hepática), que podem levar o paciente ao óbito. O contágio acontece por meio de contato com águas contaminadas por larvas, chamadas cercarias.
Além de Edmundo e de Caroline, assinam o artigo Andrea Dória Batista e Ana Lúcia Domingues (também responsáveis pelo estudo), Joelma Santos, Raissa Arruda, Milena Rodrigues, Eduardo Siqueira e Roberto Lemos.