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HC promove campanha para marcar o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTIfobia

O dia 17 de maio foi escolhido por marcar a data em que a OMS retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) em 1990

No Hospital das Clínicas da UFPE, o Dia Internacional de Luta Contra a LGBTIfobia, celebrado em 17 de maio, será marcado pela campanha “Pessoas trans são como você: humanas e merecem respeito”, com uma série de ações na unidade de saúde que é referência para a população LGBTI por meio do seu Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans, um dos cinco centros do Brasil a realizar a cirurgia de redesignação sexual. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A campanha é uma parceria entre o Espaço Trans e o Núcleo de Políticas LGBT da UFPE, com apoio institucional da Superintendência do HC e da Reitoria da UFPE. Será composta por ações em nível macro, permanentes e institucionalizadas, como a realização de um curso de sensibilização a toda a comunidade do HC com informações e conceitos sobre boas práticas no cuidado assistencial à população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais) ao longo de 2021, além da publicação, no Sistema Eletrônico de Informações, da Portaria nº 154, de 17 de maio de 2021, que regulamenta os procedimentos e infração administrativa quanto à prática de ato discriminatório étnico-racial e/ou em virtude de sua orientação sexual e/ou identidade e expressão de gênero praticada no âmbito do HC.

Haverá também ações educativas para marcar o 17 de maio, como a decoração do hall da portaria 1, campanha no perfil do Instagram do HC (@hc.ufpe) e no totem (localizado na Portaria 1), além de entrega de folheto educativo (com informações sobre conceitos, respeito ao nome social e pronomes, o cuidado à população trans, entre outras) aos usuários e profissionais do hospital-escola, pela manhã. “Esse é um marco histórico para nós, do HC. A partir dessa data simbólica (17 de maio), teremos várias ações permanentes. Em uma maior dimensão, essas ações têm como objetivo promover, a partir do nosso hospital-escola, a conscientização das pessoas para a adoção de comportamentos individuais e processos institucionais de combate a todo tipo de discriminação estrutural, por meio de medidas práticas objetivas, como por exemplo o lançamento de portaria que regulamenta essa questão. Com isso, compartilharemos um ambiente de trabalho mais inclusivo, harmônico e de respeito à pluralidade”, explica o superintendente do HC e professor da UFPE, Luiz Alberto Mattos.

As atividades terão caráter pedagógico e pretendem difundir o conhecimento sobre a temática no hospital-escola. “Ações articuladas como essas nos permitem compartilhar conhecimentos nos diversos setores e unidades da nossa instituição, assim como somar esforços, conhecimentos, trabalhos e trazer diversos olhares e experiências a essa linha de cuidados”, destaca a coordenadora do Espaço Trans do HC, Suzana Livadias.

Suzana Livadias destaca que o HC, como um dos cinco centros credenciados pelo SUS a realizar o Processo Transexualizador no Brasil, tem uma maior responsabilidade na construção coletiva da melhoria da assistência. “Esta será uma parceria afetiva e técnica em que a partir do cuidado às pessoas LGBTI vamos trocar visões de mundo, convívio, a construção partilhada de como a gente pode atingir um bem máximo, de como podemos oferecer a excelência em nosso cuidado sempre visando ao bem-estar e à inclusão de pessoas com sua diversidade e com suas especificidades, que é uma prerrogativa do SUS, com os princípios da universalidade, da integralidade e da equidade como parâmetros para o cuidado”, relata.

A coordenadora do Núcleo de Políticas LGBT da UFPE, Geovana Borges, ressalta a importância de a campanha ser dirigida a toda a comunidade hospitalar. “É fundamental o apoio da gestão, assim como o engajamento da comunidade como um todo: docentes, discentes, profissionais, pacientes, acompanhantes, enfim, de todos que fazem o HC. Temos avançado bastante no HC e vamos colher bons frutos. Não é fácil mudar uma cultura organizacional, mas com ações pedagógicas e amparados pela legislação vamos promover o acesso às garantias e direitos das pessoas LGBT”, afirma Geovana.

SOBRE A DATA – O dia 17 de maio foi escolhido por marcar a data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID) em 1990.

Data da última modificação: 14/05/2021, 17:48