Uma pesquisa vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da UFPE, buscou identificar os fatores que interferem na adesão à vacinação durante a gravidez. O estudo, realizado pela mestranda Patrícia Pereira Vasconcelos, reuniu um grupo de 348 puérperas (mulheres no período pós-parto) em maternidades municipais de baixo risco da capital pernambucana. O estudo constatou três grandes fatores que contribuíram para a não adesão à imunização e três que auxiliaram na cobertura vacinal completa das gestantes.

A coleta de dados ocorreu no período entre junho e setembro de 2022 a partir de entrevistas individuais. Os principais resultados indicaram que 28,1% das entrevistadas apontaram receio em aderir ao imunizante devido ao medo de reações adversas ao bebê, 21,9% por causa da falta de informações concretas acerca da segurança das vacinas em gestantes e a preocupação com reações adversas para si mesma foi o principal motivo para a não vacinação para 18,8% das entrevistadas.

Por outro lado, entretanto, a pesquisa constatou, também, os fatores que influenciaram na aceitação da vacinação em mulheres grávidas. A proteção materna e pessoal foi fundamental para 32,1% das entrevistadas, os benefícios para o bebê foram essenciais para 22,9% e 10% disseram que aderiram à imunização completa devido a informações recebidas por profissionais de saúde.

Segundo a pesquisadora, o estudo mostra que são necessárias mais veiculações de informações corretas acerca da vacinação direcionadas ao grupo, além de esclarecer dúvidas e intensificar o acompanhamento e orientação com gestantes. A pesquisa contou com a orientação de Sheyla Costa de Oliveira e com a coorientação de Luciana Pedrosa Leal, ambas professoras do Departamento de Enfermagem da UFPE.

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Professora Sheyla Oliveira
sheyla.coliveira@ufpe.br