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HC promove oficina de arte como terapia para pacientes em hemodiálise

A ação teve como objetivo fazer os usuários ressignificarem o tratamento através da arte

Pacientes internados que realizam hemodiálise no Hospital das Clínicas da UFPE participaram de uma oficina de arte, na manhã da quarta-feira (31), conduzida pelas residentes Ana Carolina Sirqueira e Viviane Menezes, e pela acadêmica Klara Borges, todas de terapia ocupacional. Durante a oficina, os envolvidos tiveram a oportunidade de dar um novo significado ao momento da hemodiálise por meio da expressão de memórias e emoções na arte criada, bem como participar de uma ocasião de acolhimento. Aproximadamente 25 pacientes estão envolvidos na atividade, que começou em 29 de maio e será concluída em 8 de junho. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). 

"Essa oficina tem como objetivo dar espaço para os pacientes expressarem os seus sentimentos porque durante a pintura os colocamos para refletirem algumas questões, como ‘o que a hemodiálise representa pra você?' Então, eles colocam essa representação no papel. Muitas vezes esse processo vai apresentar alguns pontos negativos na vida do paciente, porque são muitas rupturas nas atividades da vida diária e no cotidiano. Só que a partir disso também tem os pontos positivos, que é o de continuar vivendo. E queremos que eles consigam enxergar isso, a oportunidade que a máquina de hemodiálise traz para eles", explicou Ana Carolina. 

Atividades como a realizada pelo Serviço de Terapia Ocupacional são de extrema importância para os pacientes que necessitam realizar esse procedimento no ambiente hospitalar, pois proporcionam uma rotina mais agradável e descontraída. Edna Sobreira, paciente do HC há 23 anos e que está em tratamento de hemodiálise há pouco mais de um ano, ressalta o impacto positivo dessa diferença. "Eu acho bom porque distrai e a gente se sente um pouco mais especial nesse momento, que é difícil para quem faz hemodiálise. Elas (as terapeutas) fazem o melhor para a gente se distrair e desabafar no desenho", disse. 

Já o paciente Roberto Fernando dos Santos, que está em tratamento no HC há cerca de quatro anos, expressa profunda gratidão pela habilidade dos profissionais que o auxiliaram durante um período desafiador de sua vida. Ele afirma que esses momentos foram fundamentais para superar essa dificuldade, desejando, enquanto desenha uma máquina de hemodiálise, que nunca deixe de acontecer no setor que se encontra. “Eu acho bom porque antigamente não tinha isso. Então, é muito importante que essa parceria da fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional continue por muitos anos”, contou. 

Essa é a primeira vez que a terapia ocupacional integra a equipe multiprofissional com ênfase à saúde renal no HC. Isso se tornou necessário quando os profissionais perceberam que os pacientes enfrentavam muitas dificuldades devido às rupturas ocupacionais que tinham devido ao processo de adoecimento e ao tratamento de hemodiálise. De acordo com Ana, ao final do projeto, a intenção é exibir todos os desenhos produzidos pelos pacientes na entrada do hospital, a fim de proporcionar uma visão mais ampla sobre o tratamento da hemodiálise para outras pessoas.

Data da última modificação: 01/06/2023, 13:20