O Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acaba de ganhar sua primeira usina fotovoltaica. A inauguração aconteceu ontem (17) à tarde, no auditório do prédio de Medicina do CAA. “O ato de entrega da usina é um ato muito importante para a Universidade. É um processo de ruptura com o paradigma tradicional de fornecimento de energia. É um grande salto de qualidade”, afirmou o reitor Alfredo Gomes na solenidade.

Foto: Anderson Lima

Economia e sustentabilidade são os dois pilares da nova usina

A inauguração da nova etapa do seu parque fotovoltaico faz parte das comemorações dos 75 anos da UFPE. São cinco novas usinas para geração de energia elétrica a partir da matriz solar, sendo três no Campus Recife, uma no Centro Acadêmico de Vitória (CAV) e uma no Centro Acadêmico do Agreste (CAA), em Caruaru. Quando estiver totalmente em operação, com nove usinas, o parque fotovoltaico da UFPE terá capacidade de 1.608,59 kWp, produzindo anualmente cerca de 2.600 MWh. 

Para o superintendente de Infraestrutura da UFPE, Carlos Falcão, este é mais um desafio nesses 75 anos da Universidade. “É com muita satisfação que a gente inaugura mais uma usina. Cabe destacar que essa é a usina de maior porte de todas as usinas programadas para o ano de 2021. Ela vai proporcionar, junto com as demais, uma economia de, aproximadamente, R$ 1 milhão por ano. Elas vão representar a economia de cerca de 10% de nosso consumo nos três campi”, disse Falcão.

“Estou muito feliz por comemorar mais um grande avanço da nossa instituição com a instalação das usinas fotovoltaicas, uma das quais fica aqui no Centro Acadêmico do Agreste e que traz uma energia limpa, renovável e que não agride o meio ambiente. Isso mostra que a Universidade continua muito preocupada com o avanço em tecnologias que permitam que a instituição também cuide do meio ambiente”, ressaltou a pró-reitora de Gestão Administrativa (Progest), Liliana Vieira.

O diretor do CAA, Manoel Guedes, destacou que esta é a primeira etapa da instalação, com 388 kWp, e que haverá uma segunda, de 300 kWp, prevista para dezembro. “É uma economia muito importante, até porque a gente está hoje num momento de sustentabilidade não só do planeta, mas de toda a Universidade'', disse. Ele considera que, além de gerar essa economia para a Universidade, também é preciso destacar o fato de a ação ser uma vitrine para a administração pública.

Para ele, como uma instituição sustentável, não se pode esquecer o efeito educacional da instalação. “A gente está numa instituição de ensino. No momento em que a Universidade traz esse conjunto de ações para dentro de seu espaço, ela está ajudando a difundir esse conhecimento e estimular nossos estudantes a praticar isso em seus bairros e municípios. É muito importante essa ação da Universidade no sentido difuso de conhecimento e de ações que a gente possa de fato transformar nosso planeta”, afirmou o professor.

O vice-reitor Moacyr Araújo também abordou a questão pelo viés da sustentabilidade. “É um momento muito feliz, em que a gente tem que festejar. Eu queria chamar a atenção para outro aspecto que é bem associado à questão da energia renovável. Eu queria localizar a nossa Universidade Federal de Pernambuco neste momento que estamos passando agora. Muito além de nós economizarmos 10% de nossos cursos de energia, nós estamos deixando de jogar na atmosfera uma quantidade monstruosa de CO² equivalente”, frisou.

“Esses são os números que a gente tem que começar a trabalhar nas pessoas para ter a dimensão daquilo que a UFPE está fazendo de uma forma inovadora e até mesmo audaciosa. Nós estamos falando de deixar de emitir para a atmosfera cerca de 260 toneladas de CO² por ano. Com essas usinas fotovoltaicas, e essa daqui é fundamental, porque é o carro-chefe delas, nós vamos reduzir a nossa emissão. A UFPE mais uma vez dá o exemplo, mas não só no planejamento, e sim na concretude das ações”, destacou.

AÇÕES – O reitor Alfredo Gomes destacou outras ações que estão sendo implementadas em Caruaru. “Nós tivemos a alegria de ter aprovado na Câmara de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) o projeto do Bacharelado Interdisciplinar. E, no próximo mês, nós vamos colocar na pauta do Cepe e aprovar definitivamente. E também vamos fazer o lançamento do curso de Licenciatura Intercultural Indígena”, lembrou. Ao final de sua fala, foi descerrada a placa e encerrado o evento.