A Galeria Capibaribe abre, hoje (18), às 16h, a exposição “Biografismos Gil Vicente e Juliana Xukuru - Violência e Corpo”. Dois centros acadêmicos da UFPE se juntam para apresentar pesquisa inédita no campo da História da Arte de Pernambuco na exposição “Biografismos Gil Vicente e Juliana Xukuru - Violência e Corpo”, a ser aberta, no dia 18, às 16h.

O projeto é uma iniciativa inovadora envolvendo acadêmicos e alunos do Centro de Filosofia e de Ciências Humanas (CFCH) e do Centro de Artes e Comunicação (CAC). A mostra ficará aberta até o dia 30 de outubro. A exposição apresenta o resultado de trabalhos de pesquisa sobre obras de dois artistas pernambucanos com temáticas em torno da violência institucional, ideológica e política. Do artista Gil Vicente, baseou-se na série “Inimigos” e “Suíte Safada”; da artista Juliana Xukuru, usou de trabalhos sobre a violência ao corpo feminino indígena e às etnias de povos ancestrais. Na mostra, projeções de obras de Gil e de Juliana, assim como, de intervenções artísticas dos alunos Luiz Felipe Aluízio e Luana de Albuquerque, estimulam o diálogo entre artistas, pesquisadores e público em geral. 

O trabalho foi coordenado pelas professoras Bartira Ferraz Barbosa, coordenadora do Laboratório de História Indígena (Labhi) e professora de História Indígena da UFPE, e Tatiana Valença Ferraz, doutoranda da UFRPE e ex-professora do curso de Artes Visuais do Centro de Artes e Comunicação (CAC) da UFPE. Também participaram desse projeto Maria e Ana Oliveira, irmãs de Gil Vicente e responsáveis pelo acervo do artista; a artista visual Cyane Pacheco e a educadora artística Jaísa Farias de Souza Freire. Ainda, Inaê do Nascimento, do Grupo Tótem e Enrique Andrade, do Coletivo Indígena de Pernambuco. Fizeram parte dos trabalhos de pesquisa e catalogação as alunas do Departamento de História Lara Carnaúba, Giulia Barros, Isabela Ferreira, Luiza dos Santos, Ery Sakaguchi, Maria Luiza Azevedo e Giovanna de Oliveira. Do Curso de Artes Visuais, estão envolvidos Beatriz Moreira Nobrega, Luana Maria Albuquerque de Lima e Luiz Felipe Aluízio.

A exposição pretende abordar aspectos da vida dos artistas Gil Vicente e Juliana Xucuru, seus tempos históricos, sonhos e trabalhos sobre violência. São abordados temas, obras e fontes midiáticas para apresentar aspectos da História da Arte Contemporânea pernambucana. Abrange contextos políticos, sociais e culturais, considerando diferentes aspectos da violência sofrida pelo povo brasileiro.

O projeto dá continuidade à ação de pesquisa do minicurso “História como Patrimônio Cultural”, envolvendo práticas de catalogação de acervos de arte nas cidades de Olinda e do Recife. O estudo aprofundou pesquisa sobre arte como documento histórico, valorizando a preservação da memória da cultura e da arte pernambucana. É um projeto do LABHI e do Escritório de Patrimônio História e Arte que vem envolvendo artistas, pesquisadores, professores, estudantes e interessados sobre a história da arte e seus acervos.