O semestre letivo 2021.2 foi um dos temas centrais de reunião, realizada hoje (18) on-line, do Grupo de Trabalho para Enfrentamento da Covid-19 da Universidade Federal de Pernambuco (GT Covid-19 da UFPE). O GT tem como missão principal subsidiar a Gestão da UFPE na tomada de decisões e estabelecimento de ações no âmbito da pandemia de covid-19. Na ocasião, estiveram presentes representações estaduais, abordando planejamento e ações do setor educacional e da saúde pública, especialmente no que tange a influenza e a covid-19. Também participaram o superintendente do Hospital das Clínicas (HC) da UFPE, Filipe Carrilho de Aguiar, e Danylo Palmeira, médico infectologista do HC, além de diretores e representantes de Centros Acadêmicos que possuem cursos de saúde, e membros das entidades representativas de professores, técnicos e estudantes.

Os convidados, representando as autoridades governamentais, ressaltaram a importância do acompanhamento do Comitê de Enfrentamento da Pandemia, frisando a sinergia necessária entre setor educacional e saúde, e destacando a importância do diálogo mantido com a Universidade, inclusive para a consideração das particularidades de sua dinâmica.

Glaydson Santiago, da Secretaria Estadual de Educação (SEE), destacou a importância do acompanhamento da vacinação da comunidade escolar, com atualização periódica, a manutenção das medidas de proteção como máscara e higiene das mãos, e relatou baixos eventos de contágio no retorno educacional praticado desde ano passado. 

George Dimech, do Núcleo de Vigilância e Emergências em Saúde Pública, da representação da Secretaria Estadual de Saúde (SES), enfatizou a importância do avanço da cobertura vacinal, preservando vidas, mitigando riscos de gravidade e óbitos frente ao combate ao novo coronavírus. Ele ressaltou também a importância da etiqueta social em espaços compartilhados e restrições a eventos sociais de grandes proporções. Segundo ele, o distanciamento social sofreu atualização, conforme protocolos já difundidos no Estado.

Danylo Palmeira, membro do GT Covid-19 da UFPE, realizou apresentação sobre o contexto sanitário e indicadores epidemiológicos, reforçando a necessidade de acompanhamento da situação, que se mostra diferenciada daquela vivida até então.

Conforme reforçado, a Universidade segue as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), que permitem a flexibilização das atividades da graduação presencial para o formato remoto até o semestre referente a 2021, de acordo com a Lei 14.218, de 13 de outubro de 2021.

Como já havia sido estabelecido pela Universidade na Resolução 28/2021-Cepe, o calendário acadêmico da graduação determina o início das aulas no dia 31 deste mês, com a possibilidade de oferta de disciplinas em três formatos: de forma presencial com hibridização das atividades; de forma exclusivamente presencial (obrigatório apenas para as práticas profissionais); ou de forma remota excepcional. A aprovação de componentes curriculares 100% remotos (no critério de excepcionalidade estabelecido pelo MEC) é facultada a qualquer curso, através da aprovação pelo Colegiado com base nos critérios de biossegurança. Nesse sentido, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) tem mantido contato permanente com as coordenações de curso e emitido orientações detalhadas através de ofícios. Por exemplo, o acompanhamento especial dos estudantes (Ofício Prograd) e procedimentos para servidores com comorbidades (Resolução 06/2021).

Também como previsto na Resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), em novembro, a decisão quanto à adoção de um dos formatos, em relação a oferta dos componentes curriculares, depende de uma avaliação do Colegiado dos cursos quanto à natureza do componente curricular, da atividade a ser desenvolvida, da quantidade de estudantes nas turmas em relação ao tamanho das salas e das condições de biossegurança.

Segundo a pró-reitora de Graduação, Magna do Carmo Silva, os cursos de graduação dos campi Recife, Caruaru e Vitória estão fazendo as devidas análises e aguardando a finalização das matrículas para definir a necessidade de ampliar ou não a oferta de componentes remotos pautados nos critérios de biossegurança já estabelecidos. Foi destacado ainda que estão sendo observadas as orientações previstas no Ofício 01/2022-Prograd para os casos de docentes ou estudantes com comorbidades, e conforme orienta a Resolução 06/2021 do Consuni em relação aos servidores, técnicos e professores.

Já na pós-graduação, a definição será dos colegiados, de acordo com a Resolução 05/2021 do Cepe, e muitas atividades vão permanecer remotas, segundo a pró-reitora de Pós-Graduação, Carol Leandro.

PASSAPORTE VACINAL – O vice-reitor Moacyr Araújo, coordenador do GT Covid-19 da UFPE, também trouxe temas associados. “É ponto pacífico a necessidade de implantarmos o passaporte vacinal para frequentar as instalações da Universidade nos três campi”, disse. A possível exigência do passaporte, que ainda precisa de aprovação do Consuni, deve ser levada pela gestão central na semana que vem para apreciação. “A exigência do passaporte nos parece necessário, apesar do levantamento discente em relação à imunização indicar que cerca de apenas 1% dos 24 mil estudantes não se vacinou. Este percentual, 1%, também corresponde ao quantitativo de não vacinados no universo de cerca de 5 mil servidores da UFPE que responderam ao questionário”, completou o vice-reitor.

A UFPE mantém o levantamento de situação vacinal de estudantes da graduação no Siga e será lançado ainda hoje o mapeamento dos pós-graduandos através da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg). A implantação do passaporte vacinal está na pauta de discussão de reuniões a serem realizadas em breve com diretores de centros acadêmicos e Conselho Universitário (Consuni).

Em relação à triagem de servidores e estudantes com sintomatologia para a covid-19, foi reiterada a manutenção desse serviço, com agendamento através de formulário presente nas diretrizes de retomada da UFPE. Em relação aos preparativos setoriais, foi reforçado a disponibilidade de membros do GT Covid da UFPE para suporte nas elaborações locais, através do e-mail diretrizesconvivencia@gmail.com.

LIMPEZA – Outra questão levantada na reunião foi a necessidade de reforçar a limpeza interna das instalações da Universidade, já que muitas salas ficaram fechadas por longo período de tempo. Para dar conta do retorno gradativo da comunidade às instalações dos campi, foi feito um aditivo, na semana passada, para restabelecer 100% da capacidade do contrato de limpeza. Agora, são aproximadamente 280 profissionais terceirizados na limpeza interna, que participarão de um esforço/mutirão de limpeza que será realizado ao longo das próximas duas semanas sob coordenação da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) da UFPE.